Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Barack Obama recebe mais de 900 mil assinaturas pedindo justiça para Michael Brown

Arquivado em:
Sexta, 29 de Agosto de 2014 às 10:28, por: CdB
obamacrimeeua.jpg
Morte de jovem negro tem gerado uma grande onda de protestos nos EUA
Com mais de 950 mil assinaturas, uma petição foi encaminhada para o presidente dos EUA, Barack Obama, e para o procurador-geral, Eric Holder, com o pedido de justiça para o caso de Michael Brown, jovem negro de apenas 18 anos que foi morto por um policial branco em Ferguson, no dia 9 agosto. O documento, que sugere ainda a reforma nas políticas e práticas policiais em todo o país, foi entregue à Casa Branca por um grupo que inclui o senador do estado do Missouri, Jamilah Nasheed. Entre os organizadores da iniciativa estão a organização ColorOfChange, formada logo a pós a passagem do furacão Katrina em Nova Orleans em 2005, e outros grupos de esquerda e ativistas em prol da justiça social. Um dia antes, a organização Advogados Negros pela Justiça (BLFJ na sigla em inglês) entrou com uma ação judicial contra a polícia e os governos de Ferguson e do condado de San Luis, acusando-os de utilizar força excessiva, prisões ilegais e outras violações dos direitos civis. O grupo de advogados, com sede em Washington, capital norte-americana, está representando cinco pessoas que afirmam terem sido presas e espancadas durante os dias seguintes ao assassinato de Brown, cometido pelo policial Darren Wilson. Estas pessoas também afirmam que a polícia atirou com balas de borracha na direção da população que protestava e que utilizou gás lacrimogêneo para intimidá-los. O presidente e fundador da BLFJ, Malik Shabazz Z., disse, em entrevista coletiva, que "a polícia estava completamente fora de controle" no momento de lidar com os manifestantes. Ele explicou ainda que, embora a ação tenha sido ajuizada em nome de cinco pessoas, outros queixosos poderão se juntar a petição. O assassinato de Brown causou uma onda de protestos em Ferguson e ganhou projeção nacional e internacional. Algumas testemunhas dizem que o policial atirou no menino mesmo ele estando desarmado e com as mãos para cima, sem resistência, o que difere da versão oficial. As autoridades locais e do Departamento de Justiça estão realizando investigações sobre o incidente.
Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo