Barack Obama recebe mais de 900 mil assinaturas pedindo justiça para Michael Brown

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Publicado sexta-feira, 29 de agosto de 2014 as 13:28, por: CdB
Morte de jovem negro tem gerado uma grande onda de protestos nos EUA
Morte de jovem negro tem gerado uma grande onda de protestos nos EUA

Com mais de 950 mil assinaturas, uma petição foi encaminhada para o presidente dos EUA, Barack Obama, e para o procurador-geral, Eric Holder, com o pedido de justiça para o caso de Michael Brown, jovem negro de apenas 18 anos que foi morto por um policial branco em Ferguson, no dia 9 agosto.

O documento, que sugere ainda a reforma nas políticas e práticas policiais em todo o país, foi entregue à Casa Branca por um grupo que inclui o senador do estado do Missouri, Jamilah Nasheed.

Entre os organizadores da iniciativa estão a organização ColorOfChange, formada logo a pós a passagem do furacão Katrina em Nova Orleans em 2005, e outros grupos de esquerda e ativistas em prol da justiça social.

Um dia antes, a organização Advogados Negros pela Justiça (BLFJ na sigla em inglês) entrou com uma ação judicial contra a polícia e os governos de Ferguson e do condado de San Luis, acusando-os de utilizar força excessiva, prisões ilegais e outras violações dos direitos civis.

O grupo de advogados, com sede em Washington, capital norte-americana, está representando cinco pessoas que afirmam terem sido presas e espancadas durante os dias seguintes ao assassinato de Brown, cometido pelo policial Darren Wilson.

Estas pessoas também afirmam que a polícia atirou com balas de borracha na direção da população que protestava e que utilizou gás lacrimogêneo para intimidá-los.

O presidente e fundador da BLFJ, Malik Shabazz Z., disse, em entrevista coletiva, que “a polícia estava completamente fora de controle” no momento de lidar com os manifestantes. Ele explicou ainda que, embora a ação tenha sido ajuizada em nome de cinco pessoas, outros queixosos poderão se juntar a petição.

O assassinato de Brown causou uma onda de protestos em Ferguson e ganhou projeção nacional e internacional. Algumas testemunhas dizem que o policial atirou no menino mesmo ele estando desarmado e com as mãos para cima, sem resistência, o que difere da versão oficial. As autoridades locais e do Departamento de Justiça estão realizando investigações sobre o incidente.