Algumas companhias aéreas australianas estudam introduzir sistemas antimísseis em aviões comerciais para aumentar a segurança, informou o Governo de Canberra. O primeiro-ministro australiano, John Howard, declarou à rádio nacional ABC que os mísseis terra-ar supõem uma ameaça "muito maior" que o seqüestro de aviões comerciais. Por esta razão, algumas empresas aéreas do país consideram introduzir sistemas antimísseis, o que não é muito utilizado no mundo, garantiu Howard.
Apesar das declarações do primeiro-ministro, o diretor-executivo da Qantas, Geoff Dixon, afirmou em comunicado que não há nenhuma confirmação de que a aviação comercial mundial esteja em perigo de ataque com mísseis. Se houvesse algum risco, continuou, o encarregado de identificá-lo e de neutralizá-lo deveria ser o Governo.
A suposta ameaça é estudada pelo Departamento de Transportes conjuntamente com o da Defesa e várias agências do Governo, indicaram fontes oficiais. Instalar um sistema de proteção contra lança-foguetes antiaéreos portáteis em sua frota internacional de Boeings 747 e 767 custaria a Qantas US$ 442 milhões, concluiu o diretor-executivo da companhia.