As Forças Aéreas israelenses atacaram, nesta segunda-feira, um carro ao norte da cidade libanesa de Tiro no qual pensavam, equivocadamente, que um dirigente do Hezbollah viajava, informou a rádio pública israelense.
Segundo a emissora, aviões do Exército israelense feriram um oficial do Exército libanês em um ataque dirigido contra um veículo no qual acreditavam que um chefe do Hezbollah viajava. O Exército se desculpou pelo ataque.
Além do ataque contra o carro ao norte de Tiro, a aviação israelense voltou a operar, nesta segunda, no sul do Líbano em apoio às forças de terra que estão realizando operações na aldeia libanesa de Taibe.
Estes ataques aéreos contrastam com o anúncio feito pelas autoridades israelenses sobre a suspensão de seus ataques aéreos contra o Líbano durante 48 horas a partir desta madrugada.
No entanto, as autoridades israelenses afirmaram que não existe contradição, já que se reservam o direito a empregar suas forças aéreas em apoio às forças de terra ou contra os milicianos que dispararem foguetes contra Israel.
Cessar-fogo imediato
Israel não pode concordar com um cessar-fogo imediato e expandirá sua ofensiva militar contra os guerrilheiros do Hezbollah no Líbano, apesar da suspensão dos ataques aéreos durante 48 horas, disse o Ministério da Defesa do Estado judaico nesta segunda-feira.
- Não vamos concordar com um cessar-fogo imediato - declarou Amir Peretz, durante um agitado debate parlamentar.
- Se um cessar-fogo imediato for declarado, os extremistas levantarão suas cabeças novamente. Em poucos meses, estaremos de volta ao mesmo lugar - disse.
Peretz disse que Israel expandirá e aprofundará sua ofensiva contra o Hezbollah, apesar da suspensão dos ataques aéreos durante 48 horas, estabelecida depois que um ataque no domingo matou 54 civis, na maioria crianças, no vilarejo de Qana.
- Não há mudanças em nossa posição. Um gesto humanitário não pode prejudicar as metas da ofensiva. O Exército expandirá e aprofundará suas ações contra o Hezbollah - disse ele.
Os comentários de Peretz foram feitos depois que a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse em Jerusalém que acredita que um cessar-fogo e um acordo relativo à criação de uma força internacional no sul do Líbano poderiam ser alcançados esta semana.