Segundo a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio de Direitos Humanos, as explosões foram ouvidas em zonas rurais do sudeste de Homs
Por Redação, com EFE - do Cairo:
As defesas antiaéreas da Síria interceptaram nesta terça-feira vários mísseis de origem desconhecida, segundo informações de veículos de imprensa oficiais e ativistas.
A agência oficial Sana informou, pelo Twitter, que diversos mísseis atacaram, durante a madrugada, zonas rurais na província de Homs, no centro do país, e que eles foram interceptados pelas defesas antiaéreas.
Segundo a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio de Direitos Humanos; as explosões foram ouvidas em zonas rurais do sudeste de Homs e na região de Al-Qalamun; ao norte de Damasco, e esteiras foram vistas nos céus das duas áreas.
De acordo com a ONG, vários mísseis foram interceptados e outros causaram impacto; mas nenhum deles nos aeroportos militares de Shayrat; localizado no sudeste de Homs, ou nos dois que estão em Al-Qalamun, Al-Damir e Al-Nassiriya.
No último sábad, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido fizeram um ataque conjunto contra instalações na Síria; onde supostamente eram fabricadas e armazenadas armas químicas.
A Síria e a Rússia acusaram Israel, na semana passada, de fazer um ataque com mísseis contra o aeroporto militar T4; no centro do país, provocando a morte de 14 pessoas.
Equipe da Opaq
Os especialistas da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) poderão entrar na cidade síria de Duma nesta quarta-feira para investigar o suposto ataque químico do último dia 7 de abril. A informação é da EFE.
Um funcionário russo, Igor Kirillov, declarou em entrevista coletiva em Haia que nesse dia a Opaq terá "segurança" para começar a investigação, depois que se tenha terminado de limpar a estrada que liga Damasco a Duma das minas plantadas pelos "terroristas", detalhou.
Rússia
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, negou que seu país impeça o acesso dos especialistas da Opaq a Duma; assim como as acusações de que a Rússia "manipulou" as provas do suposto ataque químico cometido nessa cidade próxima a Damasco.
Além disso, ele reforçou que as autoridades russas têm "evidências claras" de; que não houve um ataque químico em Duma e acusou os serviços de inteligência britânicos de "manipular" o ocorrido; para "preparar o terreno" ao bombardeio conjunto de EUA, Reino Unido e França; que aconteceu no sábado passado contra instalações químicas do regime sírio.
Kirillov, que garantiu que ele mesmo visitou Duma como especialista neste tipo de armamento; afirmou que as autoridades russas não têm "nenhuma intenção" de impedir as investigações do incidente e reiterou que "cooperarão" com a equipe da Opaq.
Ataque
Por sua parte, o embaixador russo na Opaq, Alexander Shulgin; acrescentou que "não há provas fidedignas" do suposto ataque e que há "algumas crianças; que tossiam muito, mas isso não teria sido causado por um agente químico", advertiu.
– Só se pode respirar gás sarin uma vez na vida. Perguntamos às pessoas no hospital de; que cor era o gás químico do qual falavam e nos disseram que era de todas as cores. Não sabiam de que estavam falando. É tudo uma montagem – garantiu Shulgin.