A Austrália vai apostar, este final semana, na superfície onde construiu a maior parte de sua história de 28 títulos na Copa Davis quando receber a Argentina em busca de vingança. Os argentinos, com seu jogo de fundo de quadra, destruíram a Austrália por 5 a 0 na última vez que os países se encontraram na competição masculina, em 2002.
Mas o conflito foi no saibro lento de Buenos Aires, e a Austrália estava desfalcada. Desta vez estará em jogo uma vaga na semifinal e a Austrália tem a vantagem da quadra de grama em casa, além do retorno de Lleyton Hewitt.
A equipe argentina, formada por Guillermo Coria, David Nalbandian, Gaston Etlis e Mariano Puerta, foi a primeira a disparar um golpe psicológico ao afirmar que a quadra de grama portátil no Centro Internacional de Tênis de Sydney tem superfície lenta, apropriada ao jogo de base.
Hewitt, que destruiu Nalbandian na final de Wimbledon de 2002, devolveu.
- Tudo parece lento quando se tem dois caras batendo de quatro metros atrás da linha de fundo - disse, em referência ao estilo argentino de jogo.
Não há amor entre as equipes. Hewitt irritou os argentinos no Aberto da Austrália em janeiro com seus gestos e gritos agressivos. Juan-Ignacio Chela ficou tão nervoso que cuspiu na direção de Hewitt, e foi multado.
O capitão australiano, John Fitzgerald, tentou melhorar o clima. Ele disse que os gritos e gestos de Hewitt não foram pensados para distrair o adversário.
- Ele nunca pensou em prejudicar ninguém. Se ele ganha um ponto, um grande ponto no jogo, pode esperar isso. Acho que a torcida ajuda - disse.