As autoridades australianas estão oferecendo uma recompensa para quem tiver a melhor idéia de como controlar uma praga de sapos-cururu (Bufo marinus).
Em cerca de 70 anos, estes anfíbios peçonhentos importados do Havaí se transformaram em uma das maiores ameaças ecológicas da Austrália, ampliando o seu território em mais de 50 quilômetros por ano.
Os sapos-cururu, também conhecidos como sapos-gigantes por chegarem a medir 25 centímetros, foram levados ao país em meados da década de 30 como uma forma de combater a praga da época na lavoura de cana-de-açúcar: besouros.
Hoje, calcula-se que cerca de 100 milhões de sapos-cururu vivam na Austrália. A experiência foi considerada um fracasso retumbante.
Nem mesmo animais ferozes como crocodilos de água-doce e dingos (espécie de cão selvagem) estão a salvo diante dos sapos peçonhentos.
Há relatos de que outros animais nativos, como cobras e cangurus, morreram depois de engolir a pele venenosa dos anfíbios.
O problema é tão sério no norte da Austrália que as autoridades estão oferecendo uma recompensa para quem encontrar uma solução para impedir o avanço dos animais.
O inventor Andrew Arthur acredita ter encontrado a solução com o seu engenho "Toad Blaster" - um sistema de som movido a bateria que reproduz o som de um sapo-cururu.
- Ele funcionaria melhor em áreas em que os sapos estão tentando se reproduzir - explica o inventor.
- Eles ouvem o som e pensam: 'Opa, esse sapo tem um ótimo local para se reproduzir, vamos até lá.
Dessa forma, Arthur acredita que seria fácil montar armadilhas para prender os animais.
Austrália paga recompensa para deter sapo-cururu
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Segunda, 07 de Fevereiro de 2005 às 16:28, por: CdB