Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Austrália paga recompensa para deter sapo-cururu

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Segunda, 07 de Fevereiro de 2005 às 16:28, por: CdB

As autoridades australianas estão oferecendo uma recompensa para quem tiver a melhor idéia de como controlar uma praga de sapos-cururu (Bufo marinus).

Em cerca de 70 anos, estes anfíbios peçonhentos importados do Havaí se transformaram em uma das maiores ameaças ecológicas da Austrália, ampliando o seu território em mais de 50 quilômetros por ano.

Os sapos-cururu, também conhecidos como sapos-gigantes por chegarem a medir 25 centímetros, foram levados ao país em meados da década de 30 como uma forma de combater a praga da época na lavoura de cana-de-açúcar: besouros.

Hoje, calcula-se que cerca de 100 milhões de sapos-cururu vivam na Austrália. A experiência foi considerada um fracasso retumbante.

Nem mesmo animais ferozes como crocodilos de água-doce e dingos (espécie de cão selvagem) estão a salvo diante dos sapos peçonhentos.

Há relatos de que outros animais nativos, como cobras e cangurus, morreram depois de engolir a pele venenosa dos anfíbios.

O problema é tão sério no norte da Austrália que as autoridades estão oferecendo uma recompensa para quem encontrar uma solução para impedir o avanço dos animais.

O inventor Andrew Arthur acredita ter encontrado a solução com o seu engenho "Toad Blaster" - um sistema de som movido a bateria que reproduz o som de um sapo-cururu.

- Ele funcionaria melhor em áreas em que os sapos estão tentando se reproduzir - explica o inventor.

- Eles ouvem o som e pensam: 'Opa, esse sapo tem um ótimo local para se reproduzir, vamos até lá.

Dessa forma, Arthur acredita que seria fácil montar armadilhas para prender os animais.

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