Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Austrália comanda exercício naval com EUA, Japão e França

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Sexta, 05 de Setembro de 2003 às 08:22, por: CdB

Austrália, Estados Unidos, Japão e França farão entre 12 e 14 de setembro o primeiro exercício marítimo de interceptação de navios suspeitos de transportarem armas de destruição em massa. A ação vai ocorrer no mar de Coral.

- Será o primeiro desses exercícios de interdição, e a Austrália vai comandá-lo", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores australiano, na sexta-feira. "Será uma série de exercícios marítimos, aéreos e terrestres - afirmou.

Forças de defesa dos Estados Unidos, Austrália e França vão participar da operação, batizada de "Protetor do Pacífico". O Japão vai entrar com a sua guarda costeira. Embora esse não seja o objetivo declarado, poucos duvidam de que o alvo da operação seja a Coréia do Norte, acusada pelos Estados Unidos e por outros países de fazer contrabando de drogas, mísseis e dinheiro falsificado.

Em maio, Washington lançou a chamada Iniciativa de Segurança contra a Proliferação. Com adesão de 11 países, a iniciativa visa à interceptação de navios e aviões suspeitos de transportarem armas de destruição em massa. Além dos países que participarão do exercício, aderiram à iniciativa também Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Portugal e Espanha. Alguns deles vão enviar observadores para o mar de Coral.

Outros dez exercícios como esse estão planejados para os próximos meses. A China já demonstrou preocupação, assim como alguns juristas que consideram a ação ilegal. O porta-voz da chancelaria australiana disse que qualquer interceptação em alto-mar será feita segundo a lei do país e o direito internacional.

Em dezembro de 2002, a Espanha interceptou um navio norte-coreano no mar da Arábia que transportava mísseis para o Iêmen. O navio foi entregue aos Estados Unidos, que o liberou depois de concluir que a carga era legal. A Coréia do Norte considera que as críticas dos EUA a suas exportações de mísseis são uma ingerência nos assuntos internos do país comunista.

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