Aumenta a cada ano o número de imigrantes ilegais mexicanos que mortos. Um total de 542 pessoas sem documentos morreram no México durante os 11 primeiros meses do ano, a maioria deles na fronteira com os Estados Unidos, informou nesta quinta-feira o Grupo Beta, organização ligada ao governo mexicano, que vigia a imigração ilegal. O grupo Beta detectou de janeiro a dezembro a morte de 542 imigrantes, sendo 473 na fronteira norte e 69 no sul, disse à imprensa Pedro Spíndola, diretor dessa instituição.
O Grupo Beta, que conta com 17 equipes, recuperou 5.700 imigrantes que estavam em situações de perigo, entre eles 1.500 feridos. Spíndola explicou que enquanto no norte o maior risco é o deserto entre Sonora e Arizona, na fronteira com a Guatemala o trem é o principal perigo. O grupo ressalva que, durante o ano 2005 ajudou 90 indocumentados mutilados ao cair do trem que percorre a costa de Chiapas, sendo que a maioria está se reabilitando com a ajuda de instituições de beneficência publicas ou privadas. Spíndola participou de reunião em Chiapas, estado fronteiriço com a Guatemala, com funcionários migratórios dos Estados Unidos. Nesse encontro, o porta-voz da Patrulha Fronteiriça dos Estados Unidos, Salvador Zamora, disse que essa instituição tem 11.200 agentes, dos quais 10.000 estão localizados na fronteira com o México e o restante na fronteira com o Canadá, e acrescentou que se espera que para o final de 2006, que o número de agentes fronteiriços aumente para 12.600.
Zamora visita Chiapas com a equipe de oficiais da Unidade de Busca e Resgate da Patrulha Fronteiriça (Borstar) que ministram um curso de capacitação a agentes mexicanos do grupo Beta nos municípios de Comitán e La Trinitaria, na fronteira entre o México e a Guatemala.