Rio de Janeiro, 21 de Janeiro de 2025

Ativistas conseguem deixar a prisão no Rio após habeas corpus

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Quinta, 24 de Julho de 2014 às 10:24, por: CdB
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A ativista Elisa Quadros, a Sininho, ganhou a liberdade
O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, aceitou o pedido de habeas corpus dos ativistas Camila Aparecida Rodrigues Jourdan, Igor Pereira D’Icarahy e Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, eles deixaram nesta quinta-feira o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste. Fabio Raposo Barbosa e Caio Silva Rangel também foram beneficiados pelo habeas corpus referente à denúncia de associação criminosa, mas continuarão presos em razão da acusação de assassinato do cinegrafista Santiago Andrade. Segundo Darlan, os 23 ativistas acusados de participarem de protestos violentos no último ano “não representam perigo a ordem pública” e concedeu no fim da tarde desta quarta habeas corpus a todos os acusados. A decisão revoga a prisão preventiva decretada na última sexta-feira pelo juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana. De acordo com o advogado Edson Fontes, que representa Drean Moraes de Moura Corrêa, “a decisão confirma a anterior, que entendia que a prisão era ilegal”. Segundo o juiz Flavio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, a decretação da preventiva se deveu ao que chamou de "periculosidade dos acusados, evidenciada por terem forte atuação na organização e prática de atos de violência nas manifestações populares". Segundo ele, a decisão se amparou nas investigações policiais e nos argumentos da denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro. Para Darlan, o delegado ignorou ofício que pedia a documentação relativa ao inquérito contra os 23 ativistas. Já a Polícia Civil, entretanto, disse que o ofício não foi recebido. O advogado Marino D’Icarahy comemorou, após receber a notícia do habeas corpus. “Estou feliz duplamente: como advogado e como pai”, disse, pedindo para que “a sociedade utilize a decisão do desembargador para refletir sobre os linchamentos públicos. A pessoa só é considerada culpada por algo quando o processo está julgado”, lembrou D’Icarahy.      
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