Atividades marcam Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas
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Sexta, 26 de Junho de 2015 às 10:22, por: CdB
O Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas foi lembrado nesta sexta-feira com uma série de programas ao ar livre na Cinelândia, região central do Rio. A iniciativa é da Secretaria de Prevenção à Dependência Química. Na programação, foram incluídas atividades que buscam conscientizar a população sobre o problema.
Atualmente, o governo do Rio de Janeiro oferece 514 vagas para acolhimento de homens e mulheres maiores de 18 anos. A busca por tratamento, no Estado, dobrou em dois anos. De 2.026 atendimentos, em 2012, passou à 4.291, em 2014.
Pela manhã, a exposição Arte Manifesta foram mostradas ao público. Foram reunidas telas de expressões artísticas coletivas que contam com as participações dos usuários de drogas acolhidos pela secretaria, além do Ateliê de Rua, com a presença de profissionais orientando a população sobre a importância da prevenção ao uso de drogas e como acessar a rede de serviços.
As atividades começaram às 9h e continuaram até o fim da tarde. Entre às 14h e 15h, foi apresentada uma peça de teatro, encenada por dependentes químicos. Às 14h30, foi a vez de uma apresentação de dança e música.
A educadora Lígia Lara, 58 anos, que participou dos eventos destacou que “o importante é estimular o trabalho artístico aos usuários e ex-usuários de drogas. Exercer a autonomia e o direito de poder arejarem sua mente com ações integradas à sociedade”.
O cantor aposentado Valter Vitor Hugo, 71 anos, reitera a opinião de Lígia e faz um desabafo. “Essa é uma ótima ideia. Eu nunca fui usuário, mas como meu filho é alcoólatra, serve para gente esquecer esses problemas que passamos no dia a dia. Eu já tentei de todos os jeitos tirá-lo dessa vida, mas ele tem que querer. Sempre foi um menino saudável, mas hoje é morador de rua graças ao vício. Essa minha situação só mostra como essas ações de prevenção às drogas são importantes”.
A assessora técnica da secretaria Fernanda Saint Martin ressaltou a importância de proporcionar a arte aos usuário de droga, bem como a interação com a sociedade. “Mas como é um tema que não cabe somente a nós, e sim ao poder público, acaba sendo um trabalho constante”.