No segundo dia da greve dos profissionais de saúde e prestadores de serviço dos hospitais da rede estadual do Rio de Janeiro, o atendimento ambulatorial parou, principalmente nas unidades localizadas na região metropolitana. Entre elas, estão os hospitais Getúlio Vargas, na Penha, o Pedro II, em Santa Cruz, o Albert Schweitezer, em Realengo, o Carlos Chagas, em Marechal Hermes, e o Azevedo Lima, em Niterói.
A situação é mais grave nos hospitais Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, e no Rocha Faria, em Campo Grande, onde a emergência fechou por falta de médicos. Hoje muita gente que procurou esses hospitais teve que voltar para casa sem solução para o seu problema de saúde. Os médicos só estão atendendo os casos considerados graves.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindisprev), a greve atinge 90% dos hospitais estaduais. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não havia divulgado o seu balanço da paralisação.
Os prestadores de serviço paralisaram suas atividades porque não aceitam a decisão da Secretaria Estadual de Saúde de só mantê-los contratados na condição de cooperativados. Segundo o secretário Gilson Cantarino, a cooperativa é a única forma jurídica de manter esses profissionais trabalhando legalmente, desde que a Justiça proibiu a contratação de terceirizados.
- Não adianta pedir para continuar pagando uma folha de prestadores com reconhecimento de dívida se já tenho um parecer contrário a isso - disse o secretário.
Por causa do agravamento da situação nos hospitais estaduais, a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa preparou um documento que será encaminhado ao Ministério Público Estadual. Os parlamentares relatam que as condições de funcionamento dos hospitais são precárias e que faltam médicos para as áreas de ortopedia, neurocirurgia, anestesia e clínica médica.
A partir de segunda-feira a situação no atendimento médico hospitalar poderá se agravar ainda mais no Rio de Janeiro com a paralisação dos servidores federais da área de saúde. A greve anunciada pelo Sindisprev poderá atingir os hospitais dos Servidores do Estado, Ipanema, Lagoa, Geral de Bonsucesso, da Posse, em Nova Iguaçu, Instituto de Cardiologia, no bairro das Laranjeiras, e Pinel (psiquiátrico), em Botafogo. Na maioria destes hospitais, os servidores ainda vão realizar assembléias para decidir sobre a paralisação.
Atentimento ambulatorial parou em muitos hospitais do Rio
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Sexta, 03 de Junho de 2005 às 14:51, por: CdB