Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Ataque suicida mata 5 em Gaza

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Quinta, 13 de Janeiro de 2005 às 19:25, por: CdB

Dois homens-bomba palestinos explodiram-se hoje no posto de controle de Karni, na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, matando três israelenses e ferindo pelo menos 12, segundo a TV de Israel. Os atacantes suicidas também morreram.

O atentado ocorreu por volta de 23 horas (19 horas em Brasília). Pouco depois, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, a organização islâmica Hamas e os Comitês de Resistência Popular assumiram, em conjunto, a autoria do atentado. Este último grupo anunciou ter filmado a explosão.

A ação das Brigadas é um forte desafio para o presidente palestino eleito domingo, Mahmud Abbas, que tomará posse neste sábado, já que esse grupo é um braço militar da Fatah, a principal facção palestina. Membro da Fatah, Abbas se opõe às ações armadas contra Israel e vem tentando obter dos grupos radicais palestinos o compromisso de declararem uma trégua. Mas seus principais obstáculos eram principalmente as organizações islâmicas Hamas e Jihad Islâmica, e não os grupos laicos, como as Brigadas.

Horas antes do ataque, Abbas disse em Ramallah que estava preparado para honrar os compromissos assumidos pela Autoridade Palestina no último plano de paz para a região, o mapa da estrada. Essa proposta, patrocinada pelos EUA, União Européia, Rússia e ONU - e lançada em maio de 2003 -, prevê a criação de um Estado palestino.

"Enfatizamos que estamos comprometidos com o mapa da estrada", afirmou Abbas, depois de reunir-se com líderes cristãos palestinos e do exterior, em Ramallah, na Cisjordânia.

Ele não especificou que tipo de medidas pretende adotar para pôr fim a ataques contra israelenses, mas afirmou que após sua posse, neste sábado, tão logo seu gabinete seja formado, "haverá contatos com Israel". Ontem Abbas pediu formalmente ao primeiro-ministro Ahmed Korei que permaneça no cargo e forme novo governo.

Na Faixa de Gaza, um soldado israelense matou um homem que levava num carro a mulher grávida, em trabalho de parto, para o hospital. A mulher nada sofreu e deu à luz um menino. O militar alegou que atirou porque o motorista não parou num controle.

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