Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Assessor de Saddam diz que a guerra é inevitável

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Domingo, 26 de Janeiro de 2003 às 17:44, por: CdB

Um assessor próximo a Saddam Hussein disse no sábado que teme que um ataque dos EUA ao Iraque seja inevitável, apesar da conclusão de dois meses de trabalhos dos inspetores de armas que estão no país na busca por armas de destruição em massa. "Eu acredito que a guerra está chegando, independente do que faremos", disse o assessor científico Amir Al Saadi, em entrevista para repórteres estrangeiros. Com as tensões crescendo a cada dia - dois dias antes dos inspetores da ONU entregarem uma declaração ao governo Bush sobre seus trabalhos, o secretário de Estado Colin Powell alertou aliados relutantes que vem abrindo uma frente antiguerra. "A decisão estão nas mãos do Iraque", disse Powell nesta sábado após chegar a Davos, na Suíça, onde deve consultar aliados para apoio em caso de guerra no Iraque. "O Iraque deve cumprir, ou será obrigado a cumprir pela força". Nenhuma decisão sobre o uso da força será tomada antes do presidente Bush, que fará na terça-feira seu histórico discurso "Estado da União", se reúna com o primeiro-ministro britânico Tony Blair na sexta-feira, disse Powell. Enquanto isso, no Iraque, mais dois cientistas iraquianos se recusaram a se reunir com inspetores de armas. "Nosso papel é tornar aquela pessoa disponível, informar a ele sobre a necessidade de reuniões privadas", disse Saadi sobre a orientação dada a cientistas. "E nós fizermos isso". Saadi defendeu a cooperação iraquiana com os inspetores, dizendo que eles estão livres para visitar qualquer instalação em qualquer ponto do país. Os inspetores da ONU disseram que não encontraram nenhum arma de destruição em massa". Saadi desafiou as declarações de Bush de que cabe ao Iraque, e não aos inspetores, provar que não possui armas de destruição em massa. "O ônus está conosco para provar que não temos nada", ele disse. "Será isso possível? Como você pode provar uma negativa?". Ele disse que acredita que os EUA têm outras razões, além de armas, para atacar o Iraque: Ele disse que o Iraque ainda está sendo punido por ter invadido o Kuwait em 1990. O general também ressaltou que o Iraque está sendo usado como um exemplo para outros países não ficarem contra os Estados Unidos. "Eles têm uma agenda que está acima de qualquer prioridade - a hegemonia", ele disse.

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