Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Assessor de Donald Trump renuncia após mentir sobre Rússia

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Terça, 14 de Fevereiro de 2017 às 08:18, por: CdB

Michael Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional, negou às autoridades em Washington ter conversado com embaixador russo sobre sanções. Conversas, porém, haviam sido interceptadas pelo FBI

Por Redação, com DW - de Washington:

Michael Flynn, assessor de Segurança Nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renunciou ao cargo na noite anteriro em meio a controvérsias sobre telefonemas com autoridades russas, cujo conteúdo ele teria omitido das autoridades em Washington.

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Donald Trump e Miachel Flynn (ao fundo): assessor mentiu ao vice Mike Pence

Nos telefonemas, interceptados pelo FBI (a polícia federal norte-americana) antes da posse do novo governo em janeiro. Flynn mencionou as sanções impostas pelo ex-presidente Barack Obama contra Moscou em reação a uma suposta interferência russa nas eleições norte-americanas.

– Infelizmente, pelo andamento rápido dos acontecimentos, informei inadvertidamente o vice-presidente (Mike Pence). E outros com informações incompletas sobre meus telefonemas com o embaixador russo – afirmou Flynn em sua carta de renúncia.

O ex-assessor mentiu para o vice-presidente e outras autoridades norte-americanas. Ao afirmar que não havia conversado com o embaixador russo, Sergey Kislyak, sobre as sanções. A atitude de Flynn fez com que Pence negasse à imprensa que tais contatos tivessem ocorrido.

Sanções contra o Kremlin

Uma reportagem publicada pelo jornal Washington Post na semana passada afirmava que Flynn discutiu com Kislyak a remoção das sanções contra o Kremlin no dia 29 de dezembro. No mesmo dia em que Obama as lançou.

Transcrições das conversas interceptadas mostravam que o ex-assessor tinha, de fato, conversado sobre as sanções. Flynn sustenta que esse tipo de conversa é "prática comum, em qualquer transição dessa magnitude". E que visavam "facilitar uma transição suave e começar a construir uma relação necessária entre o presidente, seus assessores e líderes estrangeiros".

A então procuradora-geral dos EUA Sally Yates afirmou que Flynn poderia ter se colocado em posição vulnerável. Possivelmente, se tornar alvo de chantagens em razão dos telefonemas. Mais tarde. Yates seria demitida do cargo por sua oposição à proibição da entrada pessoas vindas de países majoritariamente muçulmanos nos EUA.

Antes mesmo da posse do novo governo. Flynn já havia se envolvido em controvérsias ao utilizar as redes sociais. Para propagar noticias falsas sobre a candidata democrata e adversária de Trump na corrida pela Casa Branca, Hillary Clinton. Divulgadas por portais de Internet de extrema direita. 

Após aceitar a renúncia de Flynn, o presidente norte-americano nomeou o tenente-general reformado Joseph Keith Kellogg, um militar de carreira com diversas condecorações, como assessor de segurança nacional interino.

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