Os crimes comoveram a sociedade norte-americana e marcaram simbolicamente um ponto na contracultura dos anos 60 e do movimento hippie
Por Redação, com EFE - de Los Angeles:
O assassino em série Charles Manson, um dos criminosos mais famosos do século XX, morreu nesta segunda-feira, aos 83 anos, em um hospital da Califórnia, informou a irmã de uma de suas vítimas ao portal TMZ.
Manson abalou os Estados Unidos (EUA) em agosto de 1969 com uma onda de violência; na qual ele e seus seguidores, fãs de uma seita e conhecidos como "a família Manson"; mataram sete pessoas para provocar uma guerra racial.
Os crimes comoveram a sociedade norte-americana e marcaram simbolicamente um ponto na contracultura dos anos 60 e do movimento hippie.
Entre os assassinados está a atriz Sharon Tate, que estava prestes a dar à luz o primeiro filho; fruto de sua relação com o diretor Roman Polanski.
Os assassinos usaram o sangue de suas vítimas para escrever mensagens nas paredes; enquanto seguiam as instruções que acreditavam escutar na canção Helter Skelter, dos Beatles.
Manson somava centenas de sanções por mau comportamento na prisão; onde também gravou uma tatuagem em forma de uma suástica.
O assassino
O assassino em série morreu em um hospital da cidade de Bakersfield, disse à TMZ a irmã de Sharon Tate, após receber um telefonema de oficiais de Corcoran State, a prisão onde estava Manson, condenado em 1971 pelo seu papel na organização e no planejamento dos assassinatos cometidos por seus seguidores.
Manson foi condenado a morrer na câmara de gás em 1971. A pena capital foi transformada para prisão perpétua depois que os tribunais declararam inconstitucional punir com a morte os detentos no Estado da Califórnia.
Após sete anos de prisão, ele foi declarado em condições de obter a liberdade condicional, que foi repetidamente negada sob a alegação de que era um preso ainda muito perigoso.
Audiências
Nos últimos 20 anos, Manson sempre se negou a comparecer às suas audiências para liberdade condicional. Em entrevista à revista Vanity Fair, em 2011, se descreveu como um homem "mesquinho, sujo, fugitivo e ruim", acrescentando que foi condenado por "ser a vontade de Deus".
Em reportagem publicada em 1970 pela revista Rolling Stone, sobre os assassinatos feitos pela "família", foi considerado "o homem vivo mais perigoso do mundo".
Leslie Van Houten, o membro mais jovem do clã, explicou que Manson havia feito neles "lavagem cerebral" com sexo, LSD, leituras constantes de passagens da Bíblia, repetidas escutas do disco White Album, dos Beatles, e outros textos sobre o seu desejo de lançar uma revolução.