Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Argentina adianta troca de dívida para dia 14

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Segunda, 10 de Janeiro de 2005 às 07:58, por: CdB

O governo argentino anunciou neste domingo que lançará a troca da dívida no dia 14 de janeiro, adiantando o início de um ambicioso plano em três dias, em meio a uma grande expectativa dos mercados.

Com quatro páginas nos principais jornais do país, a administração do presidente Néstor Kirchner publicou anúncios que explicam a complexa troca. Fontes do governo tinham sinalizado que a troca ocorreria no dia 17 de janeiro, mas não descartavam a possibilidade de adiantar o processo, já que esse dia é feriado nos Estados Unidos.

A apresentação da troca (road show) começará na quarta-feira na Argentina, no Ministério da Economia, e logo será ampliada a Estados Unidos, Europa e possivelmente Japão. O governo argentino tentará trocar títulos inadimplentes desde janeiro de 2002 no valor de US$ 102,6 bilhões, por novos bônus no valor de até US$ 41,8 bilhões com menores taxas e prazos estendidos até 2.045.

No anúncio o governo ressalta que esta troca será a "única oportunidade" que os credores terão de participar "a partir de 14 de janeiro até 25 de fevereiro".

Serão emitidos entre US$ 10 milhões e US$ 15 bilhões, dependendo de se a aceitação chega a 70% ou supera. Operadores de bolsa trabalham com a hipótese de que a troca terá aval de pelo menos 70%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a troca terá êxito se for aceita por pelo menos 80 por cento dos credores.

Existem 178 bônus aptos para a troca, que serão reduzidos basicamente a três títulos denominados "par", "desconto" e "quase par" em quatro moedas (peso, dólar, euro e iene).
Os bônus oferecidos terão uma unidade extra com rendimento ligado ao crescimento da economia do país, que pode melhorar sua rentabilidade se o Produto Interno Bruto (PIB) aumentar mais que o esperado.

Pouco mais de 38% da dívida se encontra em mãos de argentinos; 15,6% na Itália; 10,3% na Suíça; 9,1% nos Estados Unidos; 5,1% na Alemanha e 3,1% no Japão.

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