Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Após ser inocentado, Michael Jackson deve reconstruir carreira

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Terça, 14 de Junho de 2005 às 12:56, por: CdB

Agora que Michael Jackson foi absolvido das acusações de abuso infantil, a próxima grande questão é se o superstar conseguirá reconstruir sua carreira e conseguir pagar uma enorme dívida.

Ao deixar o tribunal na segunda-feira, o artista de 46 anos tremia e tinha o rosto sem expressão, parecendo mais uma vítima pós-guerra do que o Rei do Pop. Em vez de comemorar, ele foi para o rancho Neverland dormir, bem diferente do ocorrido em 2004, quando dançou em cima de um carro para agradar aos fãs após ser intimado a depor.

No final, o julgamento que durou quatro meses deixou em frangalhos uma carreira já abalada por mais de uma década de escândalos sobre o modo de vida excêntrico de Jackson.
Especialistas em gerenciamento de imagem e da indústria da música, no entanto, dizem que Jackson poderá ter uma volta modesta cantando os sucessos que o fizeram famoso, especialmente na Europa e Ásia, onde ainda faz mais sucesso do que nos EUA.

- Mesmo que a popularidade dele diminua por aqui, a popularidade dele no exterior se mantém e é lá provavelmente que ele poderá se sair melhor - disse o gerente de talentos Ken Kragen, organizador do evento de caridade "We Are the World", criado em cima de uma canção que Jackson ajudou a compor 20 anos atrás.

Independentemente do que Jackson fizer agora, afirmou Kragen, ele receberá uma "atenção enorme". Alguns sugeriram que ele poderia tentar se apresentar em Las Vegas, cidade que deu uma segunda chance a muitos astros decadentes. Outros acreditam que, apesar da absolvição do júri, Jackson poderá permanecer num tipo de exílio como artista.

De acordo com testemunho no julgamento, Jackson está afundado em dívidas. Há especulações de que ele terá de vender parte ou todo o seu maior bem remanescente - ações no valor de US$ 500 milhões de um catálogo de música que inclui composições de John Lennon e Paul McCartney.

- O que ele precisa fazer nos EUA é se reabilitar com ser humano. Mas a marca de Michael Jackson, como super artista, amado em todo o mundo e nos EUA, isso acabou - disse o consultor de imagem e marca Morris Reid, antes do veredicto de segunda-feira.


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