Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Apenas casos graves são atendidos no Pedro II

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Sexta, 03 de Junho de 2005 às 07:51, por: CdB

A greve dos servidores terceirizados continua nos hospitais estaduais do Rio de Janeiro. O serviço ambulatorial do Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, permaneceu fechado, na manhã desta sexta-feira, somente os casos graves estão sendo atendidos. Segundo a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio, não existe nenhum neurocirurgião no local, quando o ideal é ter pelo menos dois profissionais. Há apenas um obstetra - quatro é o recomendado - um anestesista e três clínicos para atender os casos mais graves.

A Comissão de Saúde vai fazer visitas nesta sexta-feira a alguns hospitais estaduais para verificar como está sendo realizado o atendimento. À tarde, um relatório será entregue ao Ministério Público estadual.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Paulo Cesar Geraldes, voltou a classificar como "inconstitucional" a decisão do estado de formar cooperativas para resolver o problema dos prestadores de serviço dos hospitais estaduais, depois que o Tribunal de Contas obrigou o cancelamento dos contratos destes profissionais.

-  Isso é inconstitucional. Ninguém pode ser obrigado a participar de qualquer grupamento do qual não quer fazer parte. E por que os médicos não querem participar? Porque na realidade não são cooperativas. São empresas de trabalho que contratam pessoas e fazem as pessoas assinarem documentos que dizem que se houver prejuízo no final do balanço, elas dividirão o prejuízo - explicou Geraldes, em entrevista à radio CBN, nesta sexta-feira.
Na quinta-feira, prestadores de serviço em hospitais estaduais decidiram parar de trabalhar porque não querem entrar para cooperativas, como determinou a Secretaria Estadual de Saúde. Os profissionais alegam que terão que pagar taxas para as cooperativas e descontar 11% do salário para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A Secretaria Estadual de Saúde tomou a decisão depois que o Tribunal de Contas obrigou o cancelamento dos contratos com os prestadores de serviço. A greve e prejudicou o atendimento em várias unidades.

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