A análise do material apreendido na casa do juiz João Carlos da Rocha Mattos e do empresário Sérgio Chiamarelli confirma que os acusados tinham propriedades em outros países e enviavam dinheiro para o exterior. Eles estão envolvidos na quadrilha de venda de sentenças judiciais.
Cerca de 1,3 mil documentos já foram analisado pela Polícia Federal. De acordo com a Rádio CBN, o material encontrado na casa da ex-mulher do juiz, a auditora Norma Regina, ainda não foi analisado. A polícia acredita que os envolvidos tinham conta até no Afeganistão.
O jornal O Globo informou que a Justiça da Suíça determinou, no início deste ano, o bloqueio de uma conta bancária de um dos integrantes do grupo acusado de vendas de sentenças judiciais em São Paulo.
A notificação do banco sobre o congelamento da conta faz parte do conjunto de documentos apreendidos pela Polícia Federal na semana passada, na primeira etapa da Operação Anaconda. Agora, o Ministério Público Federal pedirá quebra de sigilo bancário dos envolvidos, inclusive dos três juízes federais já denunciados no caso.
O relatório da PF sobre a Operação mostra a participação de 59 pessoas no esquema. A quadrilha agia em São Paulo praticando a extorsão de empresas, utilizando documentos falsos para manipular inquéritos e vendendo de sentenças judiciais.
Ontem, a CPI da Pirataria da Câmara dos Deputados pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o afastamento dos juízes Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, Casen Mazloum, da 1ª Vara Criminal, e João Carlos da Rocha Mattos, da 4ª Vara Criminal, também suspeitos de envolvimento com o crime organizado.