O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu nesta quarta-feira a decisão do governo brasileiro de cancelar o visto do correspondente do The New York Times, Larry Rohter, que em matéria publicada neste domingo apontou incoerências do governo do presidente Lula ao hábito de bebidas alcoólicas do governante.
Para Amorim, Larry Rohter "atingiu a honra do povo brasileiro" ao insinuar problemas de Lula com a bebida e disse que o jornalista não pode continuar exercendo a função de correspondente estrangeiro no país.
- Uma coisa é você ter liberdade total de criticar o presidente e outra coisa é ofender a honra nacional na pessoa de um chefe de Estado em matéria totalmente inventada e caluniosa. Essa pessoa não preenche as condições para continuar exercendo a sua função de correspondente estrangeiro - afirmou o chanceler. - Eu fui presidente da Embrafilme durante o governo militar e autorizei um filme que criticava a ditadura, de modo que não vou receber lições sobre liberdade de imprensa - completou o chanceler, ao ser indagado sobre se a decisão era uma tentativa de censura.