Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Alunos desocupam 85 escolas em São Paulo

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Segunda, 14 de Dezembro de 2015 às 09:25, por: CdB
Por Redação, com ABr - de São Paulo: O número de escolas desocupadas em São Paulo aumentou para 85 no início da manhã desta segunda-feira, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Alunos ainda mantém ocupações em 111 unidades, em defesa de um debate mais amplo sobre a educação, envolvendo todas as partes, no próximo ano. Os dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) são diferentes e estimam que 118 escolas foram desocupadas e 95 unidades seguem ocupadas. A Secretaria informou que registrou Boletim de Ocorrência nos casos em que as escolas foram devolvidas com depredação ou objetos furtados. Informou ainda que, conforme as escolas estão sendo desocupadas, as aulas de reposição estão sendo organizadas. A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do estado suspender a reorganização do ensino. O projeto da Secretaria previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino na região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo o governo, era segmentar as unidades em três grupos, conforme a idade e o ano escolar. De acordo com o órgão, a segmentação melhora o rendimento dos alunos.
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O número de escolas desocupadas em São Paulo aumentou para 85 no início da manhã desta segunda-feira

Melhorias na educação

Um grupo de estudantes fizeram manifestação nesta segunda-feira, pedindo melhorias na educação e a suspensão definitiva da reorganização escolar. Os alunos protestam na região do Butantã, na capital paulista, de forma pacífica, informou a Polícia Militar. Não há estimava do número de participantes. O ato teve início às 7h40 e, por volta das 9h, bloquearam a Rodovia Raposo Tavares, no cruzamento com a Avenida Benjamim Mansur. A Companhia de Engenharia de Tráfego informou que o protesto interditou duas faixas da rodovia no sentido capital, mas uma faixa nesse sentido continuou liberada para o trânsito.

Escolas invadidas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no dia 7 deste mês que, após ter anunciado o adiamento do projeto de reorganização do ensino em São Paulo, não há razão para que as escolas do Estado continuem ocupadas pelos estudantes. – Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa, agora é retomarmos as aulas para poder, o mais rápido possível, concluir o ano letivo. Esse é o objetivo – disse o governador, em entrevista coletiva na última segunda-feira em que o governo anunciou a criação de um plano de combate à dengue, febre chikungunya e vírus zika, doenças transmitidas pelo mosquitoAedes aegypti. “Nós vamos adiar (o projeto de reorganização) e vamos fazer esse diálogo, especialmente com os alunos, os pais dos alunos e o corpo docente”, ressaltou. Segundo o governador, a polícia precisou agir para desobstruir as vias que foram fechadas pelos estudantes. “Nenhuma (escola ocupada) foi reintegrada com a polícia. Nenhuma. Cinquenta e quatro foram reintegradas com diretor da escola, professores e dirigentes de ensino. Ia lá, conversava e os alunos saiam, porque viram que era melhor. Tínhamos ação judicial para reintegrar, não reintegramos e nem usamos a polícia. Mas aí ocupam a Avenida Doutor Arnaldo, onde mil pessoas por dia vão tratar câncer no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo). Tem o HC (Hospital das Clínicas), o (hospital) Emílio Ribas. Se você não age, você pede: pessoal, vamos dar mais meia hora para vocês liberarem, as pessoas precisam se locomover. Dá o tempo, e eles não saem. Olha, não é possível também prejudicar o conjunto da população. Todo o esforço foi feito nesse sentido”, disse Alckmin.  
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