Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin minimizou, nesta segunda-feira, o favoritismo do prefeito José Serra entre os eleitores tucanos e a recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Tudo isso é retrato do passado, fotografia da última eleição. A próxima eleição vai começar quando tiver candidato - dise Alckmin a jornalistas ao comentar os números do Datafolha, divulgados nesta segunda-feira, mostrando que 60% dos simpatizantes do PSDB preferem Serra como candidato do partido.
Para o governador, os números específicos em relação ao PSDB refletem a própria pesquisa:
- É óbvio que nas regiões onde nós somos menos conhecidos você tem uma preferência menor.
A futura eleição vai começar depois da convenção e depois do início do horário na televião e no rádio. Quando começar a televisão e o rádio, você elimina as pesquisas e começa o jogo. Treino é treino, jogo é jogo, se não fosse assim o Paulo Maluf seria governador de São Paulo", acrescentou, referindo-se às últimas eleições para governador, quando Maluf era apontado inicialmente como favorito nas pesquisas.
Sobre Lula, o governador disse que a recuperação do presidente era esperada.
Segundo o Datafolha, o presidente recuperou 8 pontos na avalição ótima/boa de seu governo e voltou a bater Alckmin num eventual segundo turno das eleições. Se o adversário tucano fosse Serra, no entanto, Lula perderia na segunda rodada.
- O presidente se recupera um pouco porque teve enorme exposição na mídia, um monólogo, camapanha ininterrupta. Na hora que começar a campanha você tem o contraditório. Eu aposto na mudança, acho que o povo brasileiro vai querer mudar para andar mais depressa, para poder iniciar uma nova fase - disse Alckmin.
Alckmin é o único pré-candidato à Presidência declarado do PSDB, mas o prefeito paulistano articula nos bastidores e o partido tenta chegar a um consenso para a definição entre os dois.