Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Aleppo: menino de foto marcante da violência reaparece em novas imagens

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Terça, 06 de Junho de 2017 às 12:32, por: CdB

Uma foto do menino ferido, sentado sozinho e com expressão de choque na traseira de uma ambulância após um ataque aéreo circulou por todo o mundo

Por Redação, com Reuters - de Beirute:

Um menino sírio que apareceu em uma foto coberto de poeira e sangue e se tornou um verdadeiro símbolo do sofrimento em Aleppo está em novas imagens publicadas por uma apresentadora de televisão pró-governo da Síria.

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Menino sírio de foto marcante da violência em Aleppo reaparece em novas imagens

Omran Daqneesh apareceu ao lado do pai em um vídeo, aparentemente ainda morando em Aleppo. Dizendo à repórter Kinana Allouche que não quer ir embora do país.

Uma foto do menino ferido, sentado sozinho e com expressão de choque na traseira de uma ambulância após um ataque aéreo circulou por todo o mundo em agosto. Ressaltando o sofrimento dos civis no leste sitiado de Aleppo. O irmão mais velho dele, Ali, morreu devido aos ferimentos após o ataque.

O pai de Daqneesh disse à repórter que seu filho está com boa saúde em Aleppo. Agora sob controle das forças do presidente sírio, Bashar al-Assad. E que cortou o cabelo do menino e mudou seu nome para evitar que seja sequestrado. Acusando rebeldes de intimidarem sua família.

Não ficou claro se a família foi coagida para participar do vídeo curto publicado no Facebook. A primeira vez em que Daqneesh foi visto em público desde que foi ferido.

Síria

Mas Valerie Szybala, do Instituto Síria, uma organização de pesquisa independente dedicada ao país. Disse que a família provavelmente não teve liberdade de falar livremente.

– Eles estão sob controle do governo agora, e este é um governo que sabemos que prende e tortura todos que se pronunciam contra ele... para mim a situação parece sugerir que isso provavelmente foi sob coação – disse Szybala à Thomson Reuters Foundation.

A resistência dos rebeldes em Aleppo terminou em dezembro, depois de anos de combates e meses de cerco e bombardeios que culminaram em uma retirada sangrenta quando os insurgentes concordaram em recuar durante um cessar-fogo.

A guerra civil síria, que irrompeu em 2011, já matou estimadas 465 mil pessoas.

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