Um tribunal alemão em Frankfurt condenou, nesta quinta-feira, uma mulher a 15 anos de prisão por ter matado oito dos seus 13 filhos ainda recém-nascidos. Sabine Hilschenz foi considerada culpada nas oito acusações de assassinato. No entanto, a polícia encontrou nove corpos de bebês na casa de veraneio dos pais da mulher, perto da fronteira com a Polônia. O caso do primeiro bebê a morrer não pôde entrar no julgamento por decurso de prazo.
Durante as investigações, a polícia constatou tratarem-se de sete meninas e dois meninos.
Depois de matar os bebês, Hilschenz escondeu os corpos em vasos de plantas, um aquário e uma banheira de plástico; os recipientes foram encontrados no jardim da casa que pertence aos pais dela. As mortes teriam acontecido entre 1988 e 1998 e não teriam sido percebidas pelo marido, vizinhos ou pelos parentes da mulher.
<b>Gravidez oculta</b>
A notícia chocou os alemães, não só por ser o pior caso de infanticídio da história criminal do país, mas também por ninguém ter percebido que ela teve nove filhos em um período de dez anos.
A justificativa dada pelo marido de Hilschenz, de quem ela se separou há um ano e com quem tem três filhos adultos, é que o físico avantajado e o hábito de vestir roupas largas teria ajudado a ocultar a gravidez. O marido não foi acusado no caso. A mesma justificativa foi dada por outros familiares e vizinhos da alemã.
Hilschenz teve ainda um filho com um namorado após se separar - a criança está viva.
A própria Sabine Hilschenz, por sua vez, afirma não se lembrar de como os recém-nascidos morreram porque "bebia grandes quantidades de álcool até desmaiar" quando entrava em trabalho de parto.
Ela afirma que a cada vez que acordava encontrava o corpo de um bebê enterrado na varanda do apartamento em que morava. Devido ao avançado estado de decomposição dos corpos, os médicos não conseguiram confirmar se as crianças nasceram vivas ou mortas.