O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, ganhou um aliado na queda de braço que está travando com o governo federal em torno da votação da medida provisória que trata da estadualização das rodovias federais (MP 82). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, manifestou sua solidariedade a Aécio, que discorda da posição do Ministério da Fazenda de classificar como receita corrente, na MP, os recursos recebidos pelo Estado, em 2002, para pagamento de 13º salário. "Aécio tem razão", afirmou Alckmin. O governador mineiro reiterou, ao chegar para a reunião com governadores tucanos, que não concorda com essa decisão do governo. "Não posso de forma nenhuma concordar que uma transferência de recursos possa ser considerada receita corrente e assim passar a compor a base de cálculo da receita líquida do Estado", disse Aécio, acrescentando que pretende sensibilizar o governo a negociar a aprovação da Medida Provisória 82, que está trancando a pauta no Senado. Aécio não pretende vincular esse problema que está tendo com o governo federal à votação das reformas. "Vamos discutir as reformas no seu mérito, mas essa é uma questão pontual que significa recursos expressivos dos estados, que estão sendo retirados pela União", afirmou. Segundo o governador, o que se quer não é tratamento diferenciado para Minas por parte do governo federal, mas ele não pode aceitar que os recursos do Estado sejam tirados por uma "interpretação absolutamente tecnicista e sem qualquer sustentação maior".
Alckmin e Aécio juntos na votação da medida provisória das rodovias
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Segunda, 14 de Abril de 2003 às 11:43, por: CdB