O acelerador linear faz parte do Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia do Ministério da Saúde. O equipamento vai ampliar o acesso a tratamentos oncológicos no SUS
Por Redação, com ACS - de Brasília:
Maceió (AL) e região passam a contar com mais um equipamento de radioterapia para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A obra, onde foi instalado o novo acelerador linear, na Santa Casa de Misericórdia, foi inaugurada na quarta-feira pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Com o equipamento, o atendimento em radioterapia na unidade, será ampliado em até 40%. O Ministério da Saúde investiu R$ 4,6 milhões na compra do equipamento e construção do bunker (espaço destinado para instalação do aparelho).
– A Santa Casa é um hospital de excelência e um dos primeiros do Brasil a receber o equipamento, que foi inaugurado. Graças a agilidade de seus dirigentes. Esse equipamento vai permite ampliar, cada vez mais, os serviços de radioterapia aqui em Alagoas – ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros,.
O secretário de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde, Marco Fireman, destacou a importância do equipamento para a população. “Esse investimento do Ministério da Saúde vai tratar 50 paciente por dia a mais, 600 pacientes por mês. Trazendo mais oportunidade para os alagoanos da cura do Câncer”. A agenda também contou com a presença do secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante, que enfatizou o trabalho que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo para a melhoria da assistência oncológica no Estado.
Selecionados
O hospital foi um dos selecionados após levantamento do Ministério da Saúde sobre os vazios assistenciais nos serviços de radioterapia. A região Nordeste foi considerada a mais carente com um déficit de 58 equipamentos.
Este será o terceiro acelerador linear da unidade de saúde, que atenderá exclusivamente pacientes do SUS em Maceió e nas cidades vizinhas. O equipamento tem capacidade para realizar 43 mil sessões de radioterapia por ano. Aumentando a capacidade de atendimento em 600 pacientes por mês.
Plano de expansão
O novo acelerador linear é o quinto já entregue pelo Plano de Expansão da Radioterapia. Que tem como objetivo ampliar o acesso da população a procedimentos oncológicos SUS.
Os pacientes de outras três cidades: Campina Grande (PB), Feira de Santana (BA) e Curitiba (PR). Já estão sendo beneficiados pelo plano. Na última semana, o Hospital Universitário de Brasília (HUB). Recebeu o quarto aparelho e deve colocar em funcionamento nos próximos 90 dias.
Após a inauguração em Maceió, estão programadas as entregas de outros equipamentos, ainda neste ano. Ao todo, cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a aquisição de 80 aceleradores lineares. Além da realização de projetos e obras.
Outros 20 ainda devem ser adquiridos, totalizando 100 aparelhos distribuídos em todas as regiões do país. Os novos equipamentos, que serão adquiridos, viabilizará uma economia de aproximadamente R$ 25 milhões em relação ao que era realizado por meio de convênios.
Os projetos estão em andamento e estão sendo executados dentro das atividades previstas do Plano de Expansão da Radioterapia. Cabe ressaltar que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica. Não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica.
As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde. Uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.
Assistência
Nos últimos anos, observou-se uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016, foram 10,45 milhões, um aumento de 25,9%.
Vale ressaltar que essa ampliação também é resultado do investimento realizado pelo Ministério da Saúde na compra de aceleradores lineares, por meio de convênios.
Consequentemente, a pasta ampliou, em seis anos, 46% os recursos para tratamentos oncológicos (cirurgias, radioterapias e quimioterapias). Passando de R$ 2,27 bilhões, em 2010, para R$ 3,33 bilhões, em 2016. Em 2017, até o momento, foram investidos R$ 672,8 milhões.
Somados a esses valores, há ainda os recursos relacionados às ações de média complexidade. Como consulta com especialista e realização de exames, além dos medicamentos oncológicos.
Gestão
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também participou, na quarta-feira, de um encontro com prefeitos e gestores de saúde do estado de Alagoas na capital. Na ocasião. Ele anunciou a liberação de R$ 6,5 milhões para melhorar e ampliar a assistência na atenção básica, principal porta de entrada para o SUS, em 34 municípios.
O Estado também está sendo contemplado com o credenciamento de 28 equipes de Saúde Bucal. Com custeio de R$ 1 milhão por ano e 36 novas ambulâncias. Sendo 20 para renovação da frota e 06 para ampliação e expansão dos serviços do SAMU 192. Com os recursos, serão credenciados 81 Agentes Comunitários de Saúde, 22 Equipes de Saúde da Família, 05 Núcleos de Apoio à Saúde da Família e 03 Equipes de Saúde Prisional.
Além disso, em um ano de gestão, o Estado foi contemplado com R$ 95,8 milhões para custeio de 24 serviços em sete municípios e emendas parlamentares para 70 municípios. Deste total, 14,9 milhões foram destinados ao custeio de serviços. Sendo R$ 492,7 mil apenas em 2017.
Quanto às emendas parlamentares, foram empenhados R$ 80,9 milhões, dos quais já foram pagos R$ 46,7 milhões. Esses valores somam-se aos R$ 6,5 milhões. Totalizando investimento na ordem de R$ 102,3 milhões para Alagoa. Desde que o ministro assumiu a pasta, em maio de 2016.
Recursos
O ministro visitou ainda o Hospital do Açúcar em Alagoas, onde anunciou recursos para a unidade no valor de R$ 6 milhões, oriundos de emenda parlamentar, para custeio de serviços.
A unidade atende casos de alta e média complexidade, além de ser referência em neurocirurgia e ortopedia. Em 2016, foram registradas, na unidade, mais de 57 mil atendimentos ambulatoriais e mais de 6.600 internações, ao custo de R$ 14,8 milhões. Já em 2017, até o mês de maio, foram feitos 28 mil atendimentos ambulatoriais e 2.801 mil de internações, ao custo de R$ 6 milhões.