O agronegócio nacional obteve no ano passado, segundo o ministério, 81,86 bilhões de dólares em superávit, acima dos 71,31 bilhões de 2016 e inferior apenas aos 82,91 bilhões de 2013.
Por Redação, com ABr - de Brasília
O agronegócio brasileiro registrou em 2017 o segundo maior superávit da história e contribuiu com a balança comercial do país, mas o resultado poderia ter sido melhor não fossem as consequências da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, afirmou nesta terça-feira o Ministério da Agricultura.
O agronegócio nacional obteve no ano passado, segundo o ministério, US$ 81,86 bilhões em superávit, acima dos US$ 71,31 bilhões de 2016 e inferior apenas aos US$ 82,91 bilhões de 2013.
No total, o agronegócio do país exportou US$ 96,01 bilhões em 2017, alta de 13%.
— Tenho certeza que se não tivesse a Carne Fraca, tínhamos andado mais, porque não teríamos tido as interrupções e as preocupações que tivemos no mercado — afirmou o ministro Blairo Maggi durante coletiva de imprensa na sede do Ministério, em Brasília (DF).
Volume
Deflagrada em março do ano passado, a Carne Fraca jogou o setor de proteínas do Brasil em uma grave crise de credibilidade, com denúncias de irregularidades na fiscalização de frigoríficos, o que levou muitos países a suspenderem temporariamente as compras dos produtos nacionais.
Ao longo do ano, porém, as vendas se recuperaram e deram importante contribuição para a performance do agronegócio.
As carnes ficaram em segundo lugar em valor exportado em 2017, com US$ 15,47 bilhões, alta de 8,9%. Em primeiro aparece o complexo soja; com US$ 31,72 bilhões. A oleaginosa alcançou no ano passado uma produção recorde, de 114 milhões de toneladas.
Projeções
Segundo o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Odilson Silva; “se não fosse o agronegócio, a balança comercial brasileira seria deficitária em cerca de US$ 15 bilhões”.
O ministério destacou, ainda, que a alta do saldo comercial deveu-se, em parte, ao início da recuperação de preços no mercado internacional; mas, especialmente, ao aumento dos volumes exportados.
O Brasil registrou, no ano passado, uma safra recorde de grãos. Prepara-se, agora, para outra colheita volumosa neste ano; de quase 228 milhões de toneladas, segundo as projeções mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para Maggi, “o clima para produtores rurais do Brasil inteiro tem corrido muito bem até agora”.
Na semana passada, no entanto, o excesso de chuvas levantou preocupações quanto à qualidade da safra de soja; especialmente em relação à possibilidade de doenças como a ferrugem.