Os parentes de Elián González em Miami apresentaram na última terça-feira um processo federal na qual acusam de força excessiva os seis agentes que entraram em sua casa para tirar o menino e enviá-lo de volta para Cuba.
O primo de Elián, assim como seu tio avô e a esposa deste, compararam a incursão de abril de 2000, na casa da família no setor da Pequena Habana, em Miami, com as táticas repressivas usadas pelo governo cubano.
No processo, os parentes do menino balseiro disseram que seis agentes federais de imigração, 'violentos e excessivamente armados', invadiram ilegalmente a casa da família e violaram seus direitos com uma ordem de busca e captura ilegal.
- Não houve resistência de nenhum tipo - disse Ed Farres, um advogado da Judicial Watch, um grupo com sede em Washington que representa a família do menino.
Esta é a terceira ocasião que a Judicial Watch processa o governo federal por essa operação. As cortes federais desprezaram os dois processos anteriores. Em junho, uma corte federal desprezou um processo dos parentes contra Janet Reno, que naquela época era procuradora geral e foi quem ordenou a incursão.
Em novembro de 1999, Elián sobreviveu a um naufrágio no qual morreram sua mãe e outras pessoas que tinham saído de Cuba em uma balsa. As autoridades americanas entregaram o menino a seus familiares em Miami enquanto se resolvia a questão sobre sua custódia.
Elián regressou para sua casa em Cuba, com seu pai, dois meses depois da incursão dos agentes federais, e na sexta-feira comemorou dez anos em um ato em sua escola, que contou com a participação do presidente cubano, Fidel Castro, que disse, em um discurso de duas horas, que seu sistema comunista sobreviveria.
Agentes são processados por parentes de Elián Gonzáles
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Terça, 09 de Dezembro de 2003 às 22:15, por: CdB