Joel Santos Filho, advogado, responsável pela gravação que flagrou Maurício Marinho, ex-chefe de departamento dos Correios, recebendo R$ 3 mil de propina, contou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, nesta terça-feira, que, para conhecer Marinho, inventou para sua secretária a história de que representava um grupo de multinacionais.
Disse que, em conversa com Marinho em sua sala, de portas abertas, afirmou que o interesse do grupo de multinacionais era o de fornecer material para empresas públicas, em especial para os Correios. Joel Santos Filho informou que esteve quatro vezes com Marinho, mas na segunda vez já foi para gravar, segundo relatou à CPI. Disse que queria fazer apenas um favor para o empresário Arthur Waschek, dono da Coman e da Vetor, que pediu a gravação e que teria contado a ele que Marinho iria entregar tudo, pois falava demais e não era honesto.
O advogado contou à CPI detalhes de como foi feita a gravação, da utilização da câmera e de seu contato com Jairo Martins, que montou o equipamento e o ajudou a operar a pasta contendo os dispositivos para a gravação.