Adesão local à oferta de troca de dívida argentina é de 90%

Cerca de 90 por cento dos detentores locais de títulos da dívida argentina aceitou a proposta do governo, disse no sábado à Reuters uma fonte oficial, a uma semana do prazo para a conclusão da operação.

- A adesão à proposta de troca atingiu na sexta-feira cerca de 90 por cento localmente - disse à Reuters Luis Corsiglia, presidente da Bolsa de Valores argentina, entidade responsável pelo processo da negociação no mercado nacional.

Corsiglia afirmou que o nível de aceitação local é encorajador e pode subir ainda mais até o final da próxima semana.

- Há muita atividade pois houve muitas ofertas de troca de bônus nos últimos dias - disse ele à Reuters.

O governo argentino lançou sua proposta de troca de dívida nos mercados mundiais em 14 de janeiro e os detentores de bônus têm até 25 de fevereiro para aceitar a oferta, que representa uma perda para os investidores de até 70 por cento.

Três anos após um grave processo de default, a Argentina está oferecendo até 41,8 bilhões de dólares em três tipos diferentes de novos bônus em troca por 81,8 bilhões de dólares em créditos vencidos ou 102,6 bilhões de dólares se forem incluídos juros.

No mundo, os detentores de 37,87 bilhões de dólares em dívidas não pagas pela Argentina aceitaram a nova proposta controversa até uma semana atrás, segundo dados enviados pelo Ministério da Economia argentino ao organismo regulador do mercado italiano, Consob. A Itália abriga o maior grupo de credores externos da Argentina.

Com base no total de 81,8 bilhões de dólares, a aceitação global da oferta de troca é de 46,3 por cento até agora. Em relação ao total com juros, 102,6 bilhões de dólares, o índice é de 36,9 por cento.