Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Acusados de tráfico de bebês na PB são identificados

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Sexta, 05 de Setembro de 2003 às 07:13, por: CdB

Os paraibanos denunciados como participantes do esquema de tráfico internacional de crianças em Pernambuco foram identificados nesta quinta-feira pela Polícia Federal no Recife. Os dois citados são uma tradutora de francês e um advogado, ambos moradores de bairros localizados na orla marítima de João Pessoa.

As duas pessoas foram citadas e condenadas no processo de tráfico de menores de Pernambuco que levou à prisão esta semana a vereadora de Aliança (PE) Ana Maria de Almeida Freitas, de 58 anos. Foi a parlamentar quem denunciou que pessoas da Paraíba estavam envolvidas no grupo internacional de tráfico de bebês. O esquema, denunciado em 1992, era o de convencer mulheres de baixa renda a entregarem seus filhos recém-nascidos para adoção, com a desculpa de que seriam adotados por familiares da vereadora.

Esses bebês, entretanto, eram recolhidos e vendidos por US$ 7,5 mil, o equivalente a R$ 22,5 mil, para casais franceses. Nesse momento do negócio entravam em ação os dois paraibanos, que pelos autos do processo da Justiça Federal se responsabilizavam por intermediar a entrega das crianças para os estrangeiros.

O caso que levou à abertura do processo na Justiça Federal de Pernambuco foi o de uma criança que foi recolhida por Ana Maria e pelo marido Valmir Vieira da Silva, no município de Aliança (PE). O menino recém-nascido foi levado pela vereadora e entregue a um casal de franceses, que havia sido contactado pela tradutora, com o apoio do advogado.

Condenados a 4 e 6 anos de prisão, os dois paraibanos, entretanto, não tiveram o mandado de prisão decretado como a vereadora e Valmir Vieira. Os dois paraibanos têm ainda possibilidade de recorrer à sentença da Justiça Federal, por serem réus primários.

Além da prisão, a tradutora e o advogado foram sentenciados ainda a pagarem 11 salários mínimos por mês, durante o tempo que estão penalizados. Os dois acusados residentes no Estado foram localizados pela reportagem, que tentou um contato telefônico com os acusados. No caso da tradutora, esta desligou ao ser informada que se tratava de uma entrevista. Na casa do advogado, o telefone era atendido e desligado após vários toques.

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