A incursão ucraniana, algo inédito desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, é uma tentativa de levar o conflito para dentro da Rússia.
Por Redação, com ANSA – de Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quarta-feira que as tropas do país seguem avançando em Kursk, região da Rússia situada na fronteira entre as duas nações.
– Estamos fazendo mais progressos em Kursk. Ganhamos de um a dois quilômetros em várias áreas desde o início do dia, e mais de 100 militares russos foram capturados no mesmo período – escreveu Zelensky no Telegram.
A incursão ucraniana, algo inédito desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, é uma tentativa de levar o conflito para dentro da Rússia. Kiev, no entanto, já declarou que seu objetivo não é conquistar territórios no país vizinho.
Estados Unidos
Segundo o diário norte-americano The Wall Street Journal, que cita fontes da inteligência dos Estados Unidos, Moscou já teria inclusive retirado parte de suas tropas na Ucrânia para reforçar o contingente em Kursk, mas ainda não se sabe o tamanho desse deslocamento.
Em declaração a jornalistas em Nova Orleans na terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a incursão criou um “verdadeiro dilema” para o presidente Vladimir Putin, que instituiu um regime “antiterrorismo” em Kursk e nas regiões de Belgorod e Briansk, também na fronteira com a Ucrânia.
Além disso, Belgorod declarou nesta quarta estado de emergência por conta dos bombardeios ucranianos. “A situação é extremamente difícil, casas foram destruídas e há civis mortos e feridos”, afirmou o governador Vyacheslav Gladkov.
Segundo o Ministério da Defesa russo, quatro mísseis táticos Tochka-U e 117 drones da Ucrânia foram abatidos apenas na madrugada passada em regiões de fronteira.