Kiev declarou não ter recebido nenhuma declaração oficial sobre a decisão do governo de Washington, enquanto a Rússia afirmou que “quanto menos armas aos ucranianos, mais próximo está o fim do conflito”.
Por Redação, com ANSA – de Washington
A Casa Branca confirmou na terça-feira que os Estados Unidos suspenderam algumas entregas de armamentos à Ucrânia, incluindo mísseis antiaéreos, ao mesmo tempo que expressou preocupação com a redução de seu estoque de munição.

Do outro lado, Kiev declarou não ter recebido nenhuma declaração oficial sobre a decisão do governo de Washington, enquanto a Rússia afirmou que “quanto menos armas aos ucranianos, mais próximo está o fim do conflito”.
– Esta decisão foi tomada para priorizar os interesses norte-americanos após uma revisão do Departamento de Defesa da assistência militar do nosso país a outros países ao redor do mundo – explicou a vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Anna Kelly.
Suspensão de mísseis aéreos
Apesar do parecer dos EUA, que confirma o que já havia sido publicado pela imprensa, a Ucrânia informou não ter recebido comprovação por parte da Casa Branca sobre a suspensão de mísseis aéreos e outros projéteis e que aguarda esclarecimentos nos próximos dias, tendo já convocado um diplomata americano em Kiev para comentar a medida.
De qualquer forma, segundo declaração à RBC Ukraina de um membro do Comitê de Segurança Nacional, Defesa e Inteligência de Verkhovna Rada, deputado Fedir Venislavsky, o país possui uma certa reserva de armamentos, caso a redução americana se confirme.
– Qualquer restrição ao fornecimento desses recursos que são muito importantes para nós é, sem dúvida, negativa – disse Venislavsky, acrescentando que, por outro lado, “devido aos atuais riscos da política internacional, a Ucrânia possui uma cerca reserva de capacidade [militar]”.
A Rússia, que está em guerra com Kiev após ter invadido seu território em fevereiro de 2022, comentou o anúncio da Casa Branca. De acordo com o Kremlin, “quanto menos armas são fornecidas aos ucranianos, mais próximo está o fim do conflito”.