Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Von der Leyen pede fim de 'atrocidades' em Myanmar

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Segunda, 29 de Março de 2021 às 08:31, por: CdB

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta segunda-feirea que as "atrocidades" em Myanmar (antiga Birmânia) devem "parar agora", após um fim de semana em que as autoridades birmanesas mataram cerca de 120 civis.

Por Redação, com ABr - de Bruxelas A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta segunda-feirea que as "atrocidades" em Myanmar (antiga Birmânia) devem "parar agora", após um fim de semana em que as autoridades birmanesas mataram cerca de 120 civis.
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Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
– Condeno veementemente a violência perpetrada contra o povo do Myanmar. As atrocidades têm de parar agora – diz Von der Leyen em sua conta no Twitter. Ela acrescentou que a União Europeia (UE) está trabalhando com seus parceiros a fim de "parar com essa violência contra o próprio povo de Myanmar", criar um "processo político adequado" e "libertar todos os detidos". A mensagem de Ursula von der Leyen surge após, no domingo, o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, ter também apelado ao fim da "tragédia" e qualificado o dia de sábado - quando foram mortas pelo menos 116 pessoas - como de "horror e vergonha". – Estou acompanhando os acontecimentos preocupantes em Myanmar. O aumento da violência, com mais de 100 assassinatos de civis, perpetrados pelos militares contra o seu próprio povo no Dia das Forças Armadas, é inaceitável – afirma o chefe da diplomacia europeia em nota. Ele apela aos líderes militares de Myanmar para que abdiquem do que qualifica de "caminho sem sentido". Josep Borrell reiterou a condenação da UE à "violência insensível contra o povo de Myanmar". – Continuaremos a utilizar os mecanismos da UE, incluindo sanções, para atingir os que praticam essa violência e os responsáveis pelo retrocesso no caminho democrático e pacífico do Myanmar – destaca Borell. O alto representante diz ainda que os responsáveis pelas "violações sérias dos direitos humanos" têm de ser responsabilizados pelos seus atos. O número total de mortos devido à violência militar e policial contra manifestantes e civis na Birmânia chega a 423, de acordo com a Associação para a Assistência a Presos Políticos. Segundo o portal de notícias local Myanmar Now, o número de mortos no sábado, o dia mais "sangrento" desde o golpe militar em 1º de fevereiro, foi pelo menos 116. No sábado, a capital recebia uma parada militar para marcar o Dia das Forças Armadas. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), das 423 pessoas mortas, pelo menos 35 são crianças.

Manifestantes

Os manifestantes exigem que o Exército, que governou o país com mão de ferro entre 1962 e 2011, restaure a democracia e reconheça os resultados das eleições de novembro. Pedem a libertação de todos os detidos pelos militares, incluindo a líder Aung San Suu Kyi. Os militares tomaram o poder alegando fraude eleitoral nas eleições legislativas de novembro, vencidas por larga margem pelo partido da líder deposta e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi e declaradas legítimas pelos observadores internacionais. Desde o golpe, a Junta Militar já deteve mais de 3 mil pessoas, incluindo Suu Kyi e grande parte do seu governo. Diante do que qualifica de "brutal repressão" na sequência do golpe militar, a UE impôs, no último dia 22, medidas restritivas contra 11 pessoas que considera responsáveis pelo golpe militar, entre elas o chefe da Junta Militar, o general Min Aung Hlaing. As sanções decretadas pelos 27 países do bloco são dirigidas a dez das mais altas patentes das Forças Armadas birmanesas e ao presidente da Comissão Eleitoral, e consistem numa interdição de viajar para ou pela UE e no congelamento dos seus bens e recursos.
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