Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Volkswagen cortará milhares de empregos na Alemanha

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Segunda, 05 de Setembro de 2005 às 07:38, por: CdB

A Volkswagen, maior montadora da Europa, vai reduzir sua folha de pessoal em vários milhares de empregos em suas seis fábricas na Alemanha, em um esforço para retomar competitividade.

"Apesar do aumento nas vendas, o Volkswagen Group ainda possui considerável excesso de capacidade (produtiva) e portanto vai intensificar os esforços para reduzir pessoal", informou a companhia nesta segunda-feira, reforçando recente discurso de que precisa cortar custos de produção na Europa.

O presidente-executivo da empresa, Bernd Pischetsrieder, alertou no final do mês passado que o futuro da indústria de veículos da Alemanha está em risco se companhias como a Volkswagen não reduzirem custos trabalhistas. Analistas consideram que esses custos são 20% maiores no país do que no restante da indústria.

A Volkswagen informou que possui "vários milhares" de funcionários além do necessário na Alemanha e, em particular, em sua principal fábrica, em Wolfsburg. A situação, segundo a companhia, persiste mesmo se a empresa resolver produzir na planta o novo fora-de-estrada compacto Marrakesh, baseado no Golf.

A quarta maior montadora do mundo, divulgou que as medidas de redução de custo serão conseguidas sem a quebra de compromissos que fechou com sindicatos em um acordo trabalhista acertado no ano passado. Na ocasião, a empresa prometeu não afastar 103 mil funcionários no oeste da Alemanha até 2011.

"Está planejado um aumento nos critérios de elegibilidade de aposentadorias antecipadas para funcionários nascidos em 1951, com uma extensão que cobrirá empregados nascidos em 1952. Além disso, a empresa vai oferecer pacotes individuais de demissão voluntária", anunciou a Volkswagen.

Os cortes se aplicarão a funcionários de todas as áreas, informou a empresa, incluindo executivos. Representantes do sindicato IG Metall não estavam disponíveis para comentarem o assunto.

O banco alemão de investimento Dresdner Kleiwort Wasserstein estimou que os cortes vão gerar economias de 560 milhões de euros (US$ 702,8 milhões) no médio prazo.

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