Organização Mundial da Saúde aconselha pessoas que estiveram em regiões afetadas a ficar ao menos quatro semanas sem relações
Por Redação, com DW - de Genebra:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a todas as pessoas que retornarem de zonas afetadas pelo surto de zika que considerem um período de abstinência sexual ou usem camisinha por pelo menos quatro semanas. A recomendação foi feita em um guia intitulado Prevenção da potencial transmissão sexual do zika. O guia afirma ainda que a recomendação também é válida para pessoas que vivem em regiões afetadas pela doença, mas, nesse caso, a organização não estipula um tempo mínimo. A orientação é baseada no fato de que a maioria das infecções pelo vírus zika é assintomática, e há a possibilidade de que sua transmissão possa ocorrer também sexualmente. Inicialmente, as recomendações da OMS sobre o uso da camisinha eram direcionadas a grávidas, devido à suspeita de que o zika possa causar microcefalia. A organização, no entanto, ampliou essa orientação porque considera a situação uma emergência de saúde pública internacional. No guia, a OMS pede ainda que gestantes em regiões afetadas usem camisinha ou pratiquem a abstinência sexual durante toda a gravidez. A organização defende ainda a ampliação do acesso a métodos anticoncepcionais de emergência. – As mulheres que fizeram sexo sem proteção e não querem ficar grávidas deveriam ter acesso a serviços de contracepção de emergência – reforça a entidade. A transmissão sexual do zika foi descrita em dois casos e foi documentada em um caso, em 2013, no qual o vírus foi encontrado no sêmen.