Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Vírus zika: OMS recomenda abstinência sexual

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Sexta, 19 de Fevereiro de 2016 às 08:52, por: CdB

 

Organização Mundial da Saúde aconselha pessoas que estiveram em regiões afetadas a ficar ao menos quatro semanas sem relações

Por Redação, com DW - de Genebra:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a todas as pessoas que retornarem de zonas afetadas pelo surto de zika que considerem um período de abstinência sexual ou usem camisinha por pelo menos quatro semanas. A recomendação foi feita em um guia intitulado Prevenção da potencial transmissão sexual do zika. O guia afirma ainda que a recomendação também é válida para pessoas que vivem em regiões afetadas pela doença, mas, nesse caso, a organização não estipula um tempo mínimo. A orientação é baseada no fato de que a maioria das infecções pelo vírus zika é assintomática, e há a possibilidade de que sua transmissão possa ocorrer também sexualmente. Inicialmente, as recomendações da OMS sobre o uso da camisinha eram direcionadas a grávidas, devido à suspeita de que o zika possa causar microcefalia. A organização, no entanto, ampliou essa orientação porque considera a situação uma emergência de saúde pública internacional.
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A recomendação foi feita em um guia intitulado Prevenção da potencial transmissão sexual do zika
No guia, a OMS pede ainda que gestantes em regiões afetadas usem camisinha ou pratiquem a abstinência sexual durante toda a gravidez. A organização defende ainda a ampliação do acesso a métodos anticoncepcionais de emergência. – As mulheres que fizeram sexo sem proteção e não querem ficar grávidas deveriam ter acesso a serviços de contracepção de emergência – reforça a entidade. A transmissão sexual do zika foi descrita em dois casos e foi documentada em um caso, em 2013, no qual o vírus foi encontrado no sêmen.

Reforço no combate

Após a OMS lançar um plano de ação, orçado em US$ 56 milhões para o combate do vírus, o Banco Mundial afirmou na quinta-feira que disponibilizará imediatamente US$ 150 milhões para países da América Latina e Caribe em financiamentos para a luta contra o zika. O organismo multilateral afirmou que está pronto para aumentar esse apoio caso necessário e ressaltou que o valor inicial é baseado nas demandas atuais dos países afetados e na avaliação de especialistas. O Banco Mundial estimou ainda que o surto terá um impacto econômico sobre os países afetados. A instituição prevê para 2016 uma redução na produção econômica da região de US$ 3,5 bilhões, o equivalente a 0,06% do Produto Interno Bruto (PIB). O banco ressaltou ainda que a previsão é baseada em uma resposta internacional rápida no combate ao vírus e que os maiores riscos de saúde são para grávidas. – Nossa análise enfatiza a importância de uma ação urgente para parar a disseminação do vírus e proteger a saúde e o bem-estar de pessoas nos países afetados – disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
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