Ação deixou três mortos que, segundo a Polícia Civil, eram seguranças de uma liderança local; caso é investigado.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Amigos e familiares de Bruno Paixão afirmam que ele trabalhava como vendedor de queijos e foi morto durante a operação policial realizada na quarta-feira no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.

A morte de Bruno desencadeou protestos que, à tarde e à noite, chegaram a interditar a Linha Amarela. Nas redes sociais, vídeos e fotos mostram a kombi onde ele estava, perfurada por disparos e manchada de sangue. No interior do veículo, estavam os queijos que ele vendia na comunidade.
Durante a manifestação, o veículo foi coberto com cartazes pedindo justiça e com frases como “mataram morador”.
O que diz a Polícia Civil?
A ação emergencial aconteceu porque, segundo os investigadores, traficantes da Vila do João, dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP), teriam invadir a Nova Holanda, área do Comando Vermelho (CV). A ação chegou a provocar o fechamento da Linha Amarela, no sentido Fundão.
Três suspeitos foram mortos, todos apontados como seguranças de uma liderança na Maré. A polícia afirma que as mortes ocorreram durante confronto na área. Um suspeito foi preso.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), chamada para investigar o caso, confirmou que o corpo de Bruno Paixão foi identificado no Instituto Médico Legal (IML) ainda na quarta-feira e que os parentes foram comunicados.
Em nota, a Polícia Civil disse que diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias das mortes registradas na operação.
Adolescente baleado
Um menino de 12 anos foi baleado na perna dentro de uma escola na Favela Nova Holanda. Ele participava de uma atividade de ciências no pátio do Ciep Hélio Smidt, localizado ao lado do 22º BPM (Maré).
O disparo ocorreu no momento em que a região registrava intensos confrontos entre traficantes rivais.
Moradores e funcionários ajudaram a socorrer a vítima, que foi levada inicialmente à Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva, onde o projétil foi retirado, e depois transferida para o Hospital Getúlio Vargas.
Disparo na UFRJ
Outro disparo atingiu uma sala do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campus do Fundão. As aulas foram suspensas nos turnos da tarde e da noite. Alunos registraram ainda o momento em que um helicóptero da Polícia Civil pousou no campus; a instituição afirmou que o pouso foi estratégico e que a aeronave não sofreu danos.
Agentes da inteligência da Polícia Civil identificaram que traficantes fortemente armados e preparavam para invadir uma comunidade rival e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) interveio. Três suspeitos foram mortos, um preso, e dois fuzis e pistolas recolhidos.