O Uruguai assumiu nesta terça-feira a presidência rotativa do Mercosul em meio às dúvidas sobre as intenções de Brasil e Argentina de aprofundar as raízes do bloco econômico e transformá-lo numa entidade política supranacional. A presidência será exercida pelo Uruguai até dezembro, quando será realizada uma nova reunião ordinária de cúpula. No entanto, antes de setembro, ocorrerá uma reunião extraordinária para analisar o desenvolvimento das propostas apresentadas em junho durante a cúpula presidencial de Assunção. Em meio às controvérsias surgidas em torno da proposta brasileira de criação do Parlamento do Mercosul, assim como mecanismos que levem à criação de uma moeda comum, conforme a proposta argentina, o presidente uruguaio, Jorge Battle, iniciou uma rodada de consultas junto a líderes políticos uruguaios. A criação do Parlamento do Mercosul não é mencionada no comunicado conjunto dos presidentes da cúpula de Assunção, mas consta de outras propostas e documentos. Em um documento brasileiro divulgado hoje, fala-se sobre a criação de "um programa político, normas de tarifas externas comuns, zonas francas, uma coordenação macroeconômica e um Parlamento". Além disso, há planos para uma abordagem comum em outros cenários de integração, como a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e a Organização Mundial de Comércio, temas estes que ainda carecem de definições concretas. O Mercosul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Bolívia e Chile são Estados associados, mas não são membros plenos do bloco.
Uruguai assume presidência do Mercosul
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Terça, 01 de Julho de 2003 às 12:48, por: CdB