No total, a população infantil em solo ucraniano é estimada em 7,5 milhões , mas ao menos 4,3 milhões de crianças precisaram fugir em virtude do conflito.
Por Redação, com ANSA e Reuters - de Kiev/Moscou
A Unicef informou na quinta-feira que mais da metade das crianças na Ucrânia foram obrigadas a deixar suas residências desde o início da invasão russa.
Em uma entrevista à emissora norte-americana CNN, o porta-voz da agência infantil da Organização das Nações Unidas (ONU), James Elder, afirmou que uma em cada duas crianças ucranianas foi deslocada desde o dia 24 de fevereiro.
– Desde que a guerra começou, há um mês, uma em cada duas crianças do país precisou fugir de suas casas. É uma situação que nunca vimos antes e que é quase impossível de se enfrentar – declarou o porta-voz.
População infantil
No total, a população infantil em solo ucraniano é estimada em 7,5 milhões , mas ao menos 4,3 milhões de crianças precisaram fugir em virtude do conflito.
Ainda segundo o levantamento feito pela agência, por volta de 1,8 milhão de crianças atravessou as fronteiras para ir para outras nações.
Conforme dados oficiais das ONU, o número de pessoas que fugiram nos 29 dias de conflito já se aproxima dos 3,7 milhões.
Combatentes do Wagner
O presidente russo, Vladimir Putin, disse, em uma entrevista divulgada na noite de quinta-feira, que ofereceu aos combatentes mercenários do grupo Wagner a oportunidade de continuar servindo nas Forças Armadas regulares russas.
Putin, entrevistado pelo jornal russo Kommersant, disse que fez a oferta durante uma reunião com combatentes e seu fundador, Yevgeny Prigozhin, no final do mês passado, cinco dias após o grupo iniciar uma revolta, abortada, contra a hierarquia militar russa.
A revolta terminou com Moscou oferecendo a Prigozhin e aos combatentes do Wagner a chance de se estabelecerem na vizinha Belarus.
O presidente russo também disse que cabe ao Parlamento do país e ao governo russo discutirem uma estrutura legal para Exércitos privados.
– O Wagner não existe – disse Putin ao jornal. "Não há lei sobre organizações militares privadas. Simplesmente não existe."