Os países ocidentais acusaram repetidamente Moscou de interferência nos assuntos internos e ciberataques. A Rússia refutou todas as acusações, declarando que o Ocidente não apresentou nenhumas provas.
Por Redação, com Sputnik - de Berlim
A chanceler alemã Angela Merkel ressaltou o progresso na concretização da ideia de um diálogo direto entre a União Europeia e a Rússia, mas o objetivo ainda não foi atingido.
– O problema foi que nós agora talvez não possamos ir a tal reunião com o mesmo posicionamento, enquanto uma tal reunião precisa de boa preparação – disse Merkel nesta segunda-feira (28) durante uma sessão conjunta dos parlamentos da Alemanha e da França.
– De meu ponto de vista, em tal encontro é necessário falar de todos os assuntos que nos preocupam, e também daqueles em que queremos cooperar. O ponto mais preocupante são ataques híbridos aos quais todos nós somos submetidos, é a França, é a Alemanha, é a Itália, sei que também os Países Bálticos. Eu considero que nesta questão é preciso não apenas falarmos entre nós, mas também falarmos sobre isso diretamente com o presidente russo – ressaltou.
Ela notou também que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden fez o mesmo no encontro com Vladimir Putin a respeito dos ataques cibernéticos. "Por que a Europa não pode fazer o mesmo?", questionou a chanceler alemã.
Segundo suas palavras, além desse assunto, os países da UE devem discutir com Moscou outros pontos problemáticos, como Belarus, o processo de Minsk sobre a Ucrânia, bem como questões estratégicas sobre o desarmamento, paz e segurança, o futuro da Síria e Líbia, "nas quais claramente é possível estudar com o presidente russo se há possibilidade de chegarmos a decisões comuns".