Salvini, cujo partido de extrema-direita Liga triunfou nas eleições europeias de domingo, disse que usará “todas as minhas energias” para combater o que disse serem regras ultrapassadas e injustas.
Por Redação, com Reuters - de Roma/Bruxelas
A Comissão Europeia pode impor uma multa de 3 bilhões de euros à Itália por quebrar as regras da UE devido ao aumento dos níveis da dívida e do déficit estrutural, disse nesta terça-feira o vice-primeiro-ministro do país, Matteo Salvini.
Salvini, cujo partido de extrema-direita Liga triunfou nas eleições europeias de domingo, disse que usará “todas as minhas energias” para combater o que disse serem regras ultrapassadas e injustas.
Duas autoridades da zona do euro disseram à agência inglesa de notícias Reuters na segunda-feira que Bruxelas deve dar início a medidas disciplinares contra a Itália em 5 de junho devido a suas finanças públicas.
Uma carta de alerta da Comissão deve ser enviada ao governo italiano nesta semana.
– Vamos ver se receberemos essa carta onde nos aplicam uma multa pela dívida acumulada no passado e nos dizem para pagar 3 bilhões de euros – disse Salvini em entrevista à rádio RTL.
Assessor especial
A União Europeia nomeou nesta terça-feira o ex-banqueiro e diplomata hispano-uruguaio Enrique Iglesias como assessor para ajudar a acabar com a crise na Venezuela, como parte de uma intensificação dos esforços diplomáticos a fim de buscar novas eleições.
A UE, que lidera um grupo internacional ao lado de nações sul-americanas, espera que Iglesias possa auxiliar a encontrar um caminho para convencer o presidente Nicolás Maduro a renunciar e permitir que todos os grupos políticos no país possam concorrer em um processo eleitoral livre e justo.
Maduro mantém o controle sobre as instituições estatais da Venezuela, mas a oposição está pressionando para removê-lo em meio ao colapso econômico que gerou uma crise humanitária no país.
Iglesias, ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai e ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, é visto como detentor de contatos e conhecimento para negociar tanto com Maduro quanto com o líder da oposição, Juan Guaidó, assim como outros grupos políticos.
A partir de encontros com Maduro e Guaidó neste mês, o grupo da UE, que inclui Reino Unido, França e Alemanha, também espera convencer os Estados Unidos a apoiarem um processo diplomático pacífico para sair da crise.
Comentaristas políticos em Washington especularam que o presidente norte-americano, Donald Trump, pode considerar opções militares, à medida que as pressões econômica e diplomática falharam em remover Maduro do poder.