O Twitter bloqueou a conta da embaixada russa na Síria por esta criticar a organização não governamental Capacetes Brancos.
Por Redação, com Sputnik e Reuters - de Moscou/Nova York
O Twitter bloqueou a conta da embaixada russa na Síria por esta criticar a organização não governamental Capacetes Brancos, segundo a embaixada russa na África do Sul.
"A polícia do pensamento já está aqui. O Twitter bloqueou a conta da embaixada russa na Síria depois que a missão diplomática publicou uma nota criticando os Capacetes Brancos e citou dados do Ministério da Defesa russo baseados em fatos", cita o comunicado.
Além disso, a conta bloqueada ainda não foi verificada, o que prova que as contas "correntes" não têm o direito de ter pontos de vista diferentes, ressaltam os diplomatas russos.
"A conta oficial da embaixada russa na Síria foi bloqueada ontem sem qualquer explicação. Nós consideramos isso como censura e uma violação grosseira da liberdade de expressão por parte da administração da rede social", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que exigiu ao Twitter o desbloqueio imediato da conta.
Afirmações do Estado-Maior
Em 29 de julho, o chefe do Diretório Operacional Principal do Estado-Maior russo, coronel-general Serguei Rudskoi, declarou que os terroristas lançaram uma campanha de desprestígio contra a Rússia, acusando a sua Força Aeroespacial de ataques contra civis na zona de desescalada de Idlib, no noroeste da Síria.
O general relatou que os boatos são difundidos pela controversa ONG Capacetes Brancos, que se dedica a filmar simulações de supostos "ataques da Força Aeroespacial da Federação da Rússia contra instalações civis".
Os Capacetes Brancos se apresentam como uma organização de socorristas voluntários que ajudam a população síria perante os ataques e que realizam ações de resgate.
A organização, no entanto, foi acusada pelos governos da Síria e Rússia de apoiar grupos terroristas e de simular provocações com armas químicas para justificar uma possível intervenção estrangeira no país do Oriente Médio.
Amazon, Walmart e outros são processados
Cinco grandes varejistas dos Estados Unidos, incluindo Amazon e Walmart, foram processadas na terça-feira pela Universidade da Califórnia, que acusa os grupos de “ameaça existencial”, quando fabricantes estrangeiros de produtos infringem patentes de instituições de educação.
Amazon, Walmart, Target, Ikea e Bed Bath & Beyond foram acusadas de infringir quatro patentes relacionadas a lâmpadas LED “filamentadas”, que usam 90% menos energia e duram muitos anos a mais do que lâmpadas tradicionais.
Essas patentes dizem respeito ao que a universidade chamou de “reinvenção da lâmpada”, por pesquisadores da universidade, em Santa Bárbara, liderados pelo professor Shuji Nakamura, que ganhou o prêmio Nobel de física de 2014.
A universidade está buscando indenizações não especificadas, incluindo royalties, em processos abertos em tribunal distrital dos EUA em Los Angeles, e quer que as varejistas assinem contratos de licenciamento.
A instituição de ensino também pediu à Comissão de Comércio Internacional dos EUA para abrir uma investigação sobre a conduta das varejistas, dizendo que as empresas não conseguiram exigir que seus fornecedores honrem as patentes da universidade.