O conflito militar entre Ancara e o PKK começou em 1984, e se intensificou a partir de 2015. Erdogan declarou que 6 mil combatentes do PKK foram mortos na Turquia desde julho de 2015, o mesmo acontecendo com outros 6,9 mil fora do país. Já a Turquia perdeu mais de 1,2 mil militares durante o confronto.
Por Redação, com Sputnik - de Ancara
O governo turco rejeitou as acusações de Bagdá de que viola a soberania territorial iraquiana, e cita a necessidade de combater o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que considera terrorista.
A operação contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) da Turquia apenas pretende garantir a segurança de sua fronteira, garantiu na terça-feira o Ministério das Relações Exteriores turco.
– Por que o lado iraquiano não se preocupa com terroristas do PKK no seu território? Nós não estamos violando a integridade territorial do Iraque; não temos tais intenções. Vamos garantir a segurança dos nossos cidadãos, vamos combater o terror – anunciou em um briefing Mevlut Cavusoglu, ministro das Relações Exteriores da Turquia.
Na segunda-feira, a Turquia iniciou uma operação transfronteiriça antiterrorista contra o PKK no norte do Iraque, dizendo que formações do grupo planejavam uma ofensiva em grande escala. Ancara enviou 42 forças-tarefas, em um total de 654 militares, para identificar e neutralizar os militantes em regiões fronteiriças. O PKK tem bases militares no norte do Iraque.
Compromisso de combater o PKK
Recep Tayyip Erdogan, presidente turco, reiterou na segunda-feira que a Turquia segue o compromisso de combater o PKK "até o terrorismo deixar de ser uma ameaça ao país, à região e a toda a humanidade". Ao todo, 30 militantes do grupo foram mortos no norte do Iraque até terça, segundo o Ministério da Defesa da Turquia. Bagdá afirma que a ação da Turquia mina a segurança nacional do Iraque.
Ahmed Aboul Gheit, secretário-geral da Liga Árabe, condenou a operação turca, sublinhando que ela exacerbará as tensões nas suas relações com Bagdá.
O conflito militar entre Ancara e o PKK começou em 1984, e se intensificou a partir de 2015. Erdogan declarou que 6 mil combatentes do PKK foram mortos na Turquia desde julho de 2015, o mesmo acontecendo com outros 6,9 mil fora do país. Já a Turquia perdeu mais de 1,2 mil militares durante o confronto.