A Turquia responsabilizou nesta quarta-feira separatistas curdos pelos atentados a bomba ocorridos recentemente em Istambul, descartando a possibilidade de a ação ter sido realizada por um grupo ligado à Al Qaeda.
Segundo autoridades turcas, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que há pouco tempo, e de forma unilateral, suspendeu um cessar-fogo, estava por trás das explosões de terça-feira. Nesse ataque, duas pessoas morreram e outras onze ficaram feridas.
- As pessoas que fizeram isso estão ligadas a militantes do PKK detidos dois dias atrás pelo Diretório de Segurança de Istambul - afirmou o ministro do Interior da Turquia, Abdulkadir Aksu, segundo o jornal Star.
Um turco e um iraniano foram mortos na explosão ocorrida em um hotel da capital financeira do país. Outras bombas explodiram quase na mesma hora em um depósito de gás e em um outro hotel frequentado por estrangeiros. Entre os feridos havia holandeses, espanhóis e chineses.
As Brigadas Abu Hafs al-Masri, que se disseram ligadas à Al Qaeda e que assumiram a responsabilidade por vários atentados, entre os quais os ocorridos em março em Madri, disseram em um site estar por trás das explosões em Istambul.
Um grupo que disse se chamar Falcões da Libertação do Curdistão também assumiu a autoria dos atentados por meio de um comunicado enviado à Mesopotamian News Agency, uma agência de notícias que divulga com frequência declarações do PKK.
Em novembro, quatro atentados suicidas realizados por um grupo turco ligado à Al Qaeda deixaram mais de 60 mortos em Istambul. Mas o grupo Abu Hafs não foi ligado oficialmente a nenhum desses ataques.
As autoridades turcas afirmam que as explosões mais recentes apresentavam as marcas do PKK. Segundo o jornal Sabah, a polícia descobriu que os detonadores usados nas bombas de terça-feira eram do mesmo tipo dos apreendidos com membros da guerrilha. E o TNT seria parte de um carregamento contrabandeado recentemente pelo grupo para dentro da Turquia.