Candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, tem sido pressionado por correligionários quanto ao seu desempenho na tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. Apelidado de "Chuchumbo" pelo cronista de política de uma rádio paulista, Zé Simão, (além de picolé de xuxú, pesa como chumbo nas pesquisas), o tucano disse em entrevista nessa mesma rádio, na manhã desta sexta-feira, que não há motivos para que fiquem preocupados com as pesquisas eleitorais. Alckmin acredita que parte de "um bom piso" nas primeiras aferições e pretende trabalhar para chegar ao segundo turno. Analistas políticos ouvidos pelo Correio do Brasil, no entanto, acreditam que um empate técnico entre ele e a socialista Heloisa Helena, candidata do PSol à Presidência da República, poderia complicar muito a situação.
- A Heloisa Helena está com uma curva ascendente elevada, enquanto Alckmin tem caído de forma consistente - disse o professor Eduardo Gouveia.
Alckmin, no entanto, acredita que essa realidade será revertida.
- Não se preocupem com história de pesquisa. A campanha agora é que está começando, 24%, como saiu na Band, 25%, é um bom piso, nós vamos trabalhar para ir para o segundo turno - disse o candidato em entrevista a uma rádio paulista.
A vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Alckmin aumentou de 10 para 21 pontos percentuais de acordo com os dados da pesquisa Vox Populi. No levantamento, Lula apareceu com 45% das intenções de voto, contra 24% de Alckmin. No levantamento feito pelo instituto em julho, o presidente tinha 42% das intenções de voto, enquanto Alckmin aparecia com 32%. Para Alckmin, no entanto, a vantagem do presidente Lula deve ser reduzida a partir do momento em que os tucanos reforçarem a campanha na região Nordeste do país.
- Você tem diferenças regionais, mas elas tendem a equalizar, elas tendem a se aproximar. Então é evidente que essa grande diferença do candidato Lula no Nordeste vai diminuir. Para mim, crescer 10% no Nordeste é rápido... quando a campanha esquentar, é óbvio que ela tende a diminuir as diferenças regionais, nós só temos a crescer e o candidato, meu adversário, só tende a cair no Nordeste. Eu acho que a candidatura do meu adversário está muito em cima de uma região só e de pouca informação. A hora que a informação chegar, o quadro vai mudando - diz ele.
Alckmin confirmou sua presença no debate que será realizado pela emissora Bandeirantes na segunda-feira.