Medida valerá das 48 horas que antecedem o pleito até 24 horas depois de seu encerramento. Única exceção se aplica às forças de segurança em serviço, quando autorizadas ou convocadas pela Justiça Eleitoral.
Por Redação, com DW - de Brasília
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu na terça-feira, por decisão unânime, o porte de armas perto de locais de votação. Durante esse período, civis e militares armados devem manter-se a um raio mínimo de 100 metros de distância de locais de votação, seções eleitorais e outros imóveis em uso pela Justiça Eleitoral. A medida vale desde as 48 horas que antecedem o pleito até 24 horas depois de encerrada a votação. A única exceção se aplica às forças de segurança em serviço, como policiais militares, quando autorizadas ou convocadas pela autoridade eleitoral competente. A decisão foi proferida em um contexto de embates sucessivos entre o TSE e apoiadores de Jair Bolsonaro e de temores de uma escalada na violência política. O presidente encabeça uma campanha de descredibilização do sistema eleitoral brasileiro, algo que analistas políticos veem como uma estratégia para não reconhecer uma eventual derrota nas urnas. À Folha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do mandatário, afirmou que a restrição seria uma forma de atingir o presidente, que flexibilizou o acesso a armas e tem nos entusiastas da medida uma de suas bases de apoio mais fervorosas. Na eleição de 2018, vídeos circularam na internet mostrando pessoas com armas dentro da cabine de votação. O julgamento no TSE foi uma resposta a uma consulta sobre o tema protocolada pelo deputado federal Alencar Santana (PT-SP).