Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2025

Tropas de Israel invadem Cisjordânia com tanques de guerra

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) invadiram neste domingo a Cisjordânia, pela primeira vez desde sua ofensiva na região em 2002. Com tanques de guerra, os militares expandiram a operação no norte, no campo de refugiados de Jenin.

Domingo, 23 de Fevereiro de 2025 às 18:20, por: CdB

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) invadiram neste domingo a Cisjordânia, pela primeira vez desde sua ofensiva na região em 2002. Com tanques de guerra, os militares expandiram a operação no norte, no campo de refugiados de Jenin.

Por Redação, com Reuters – de Jerusalém

Tropas do Exército israelense deram início aos ataques ao redor da maior cidade de Cisjordânia, neste domingo, com cerca de 50 mil moradores. A ofensiva na região começou há um mês, quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou uma “operação militar significativa e em grande escala” contra os militantes palestinos de Jenin.

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Tanques de guerra apoiaram a invasão do território palestino da Jordânia

Desde então, a ofensiva militar estava se expandido gradativamente para outros locais da área que abrigam campos de refugiados. A população já temia que o território poderia se transformar em uma “segunda Faixa de Gaza”. Segundo a agência palestina de notícias Wafa, essa nova ofensiva deixou um saldo de “ao menos 27 mortes, dezenas de feridos, mais de 160 detidos e destruição generalizada” na região.

Ainda de acordo com eles, os militares iniciaram buscas em casas enquanto destruíram estradas, linhas de energia, encanamentos de água e veículos civis.

 

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Palestinos

“Essas demolições são frequentemente parte de uma estratégia mais ampla para expandir assentamentos israelenses ilegais e limpar terras para ocupação futura, ao mesmo tempo em que limitam severamente a capacidade dos palestinos de manter uma presença em suas terras”, afirmou a Wafa.

A invasão ocorre ao mesmo tempo em que o ministro da Defesa, Israel Katz, anunciou que os militares esvaziaram três campos de refugiados no norte da Cisjordânia. “40 mil palestinos já foram evacuados dos campos de Jenin, Tulkarem e Nur Shams, e esses campos agora estão vazios”, disse.

Katz declarou também que tinha ordens de não permitir que moradores da região retornassem. Além disso, segundo o ministro da Defesa, há uma instrução para que os soldados israelenses se preparem para uma estadia prolongada nos campos de refugiados durante o próximo ano.

 

Prisioneiros

Essa ação na Cisjordânia é mais uma violação de Israel. Na véspera, o Hamas já havia denunciado uma “flagrante violação” dos termos do cessar-fogo após o governo de Netanyahu decidir adiar a libertação de presos palestinos. O grupo palestino entregou uma nova leva de reféns a Tel Aviv, cinco dos seis últimos prisioneiros a serem liberados na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que começou em 29 de janeiro.

Em contrapartida, 620 presos palestinos seriam libertos de acordo com a trégua. De acordo com a Autoridade de Radiodifusão Israelense, a suspensão ocorreu deliberadamente pelo governo de Netanyahu, alegando que a medida seria uma retaliação pelo erro do grupo palestino em relação aos restos mortais de Shiri Bibas.

O Hamas pediu aos mediadores do acordo que pressionem Tel Avivi para cumprir o que foi acordado na trégua. A primeira etapa do acordo de cessar-fogo, que tem duração de 42 dias, termina em 2 de março. A segunda e próxima fase prevê a retirada gradual das tropas israelenses do território palestino.

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