Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Tribunal adia sentença contra Aung San Suu Kyi

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Segunda, 27 de Dezembro de 2021 às 09:42, por: CdB

Aos 76 anos de idade, Suu Kyi foi acusada de importação e porte ilegal de walkie-talkies, bem como por supostas violações das restrições anticovid. O veredicto, que já tinha sido adiado em 20 de dezembro, deveria ser anunciado nesta segunda-feira.

Por Redação, com ANSA - de Naipidau

Um tribunal militar decidiu adiar nesta segunda-feira o anúncio da sentença no julgamento contra a Nobel da Paz de 1991 e líder "de facto" de Myanmar, Aung San Suu Kyi, por supostas violações da lei de comércio e da gestão da pandemia de covid-19.
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Aung San Suu Kyi responde por sete acusações
Aos 76 anos de idade, Suu Kyi foi acusada de importação e porte ilegal de walkie-talkies, bem como por supostas violações das restrições anticovid. O veredicto, que já tinha sido adiado em 20 de dezembro, deveria ser anunciado nesta segunda-feira. De acordo com a agência AFP, uma fonte próxima ao caso informou que o juiz adiou a sentença para o dia 10 de janeiro. No início de dezembro, Suu Kyi foi condenada a quatro anos de prisão por incitação à oposição contra a junta militar que deu um golpe no país em fevereiro e por violação da lei sobre desastres ambientais na gestão da pandemia de covid-19. A pena foi reduzida pela metade algumas horas depois do anúncio.

Mandatária de Myanmar

Suu Kyi, que não pode ser a mandatária de Myanmar porque se casou e teve filhos com um estrangeiro, responde por sete acusações. Os militares, mesmo tendo controle por lei de 25% dos assentos, não concordaram com o resultado das eleições de dezembro de 2020 e deram o golpe alegando "fraudes" na disputa. Desde então, milhares de pessoas organizam manifestações nas ruas de diversas cidades do país, mas os protestos são encerrados de maneira violenta por policiais e soldados das Forças Armadas. ONGs locais informaram que mais de 1,3 mil pessoas foram assassinadas durante os atos e mais de 11 mil foram presas por se manifestar. Noeleen Heyzer, nova enviada especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Myanmar, disse que está "profundamente preocupada" com a escalada da violência no país.
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