O primeiro-ministro israelense é acusado de aceitar bens de luxo em troca de favores políticos para beneficiar bilionários.
Por Redação, com CartaCapital – de Jerusalém
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou ao tribunal de Tel Aviv nesta quarta-feira para uma nova audiência sobre seu processo de corrupção, aberto em maio de 2020.

Netanyahu apareceu sorrindo, vestindo terno preto e gravata vermelha, cercado por vários ministros. A comitiva foi vaiada por um grupo de manifestantes ao chegar ao tribunal.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Parlamento israelense, na segunda-feira, um indulto para Netanyahu, acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos distintos.
Esta nova audiência ocorre dois dias após a troca dos últimos reféns israelenses ainda vivos em Gaza por quase 2 mil prisioneiros palestinos, sob o cessar-fogo mediado por Washington.
Troca de favores políticos
Benjamin e sua esposa, Sara Netanyahu, são acusados de aceitar bens de luxo no valor de mais de US$ 260 mil (R$ 1,4 milhão) de bilionários em troca de favores políticos.
Em outros dois casos, Netanyahu é acusado de tentar negociar uma cobertura mais favorável de dois veículos de comunicação israelenses.
Netanyahu sempre negou qualquer irregularidade e afirmou repetidamente ser vítima de uma conspiração política para afastá-lo do poder.
Durante seu mandato atual, que começou no final de 2022, Netanyahu propôs amplas reformas judiciais que, segundo seus rivais, buscavam enfraquecer o poder dos tribunais.
A tentativa gerou grandes protestos que se dissiparam com a eclosão da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.