Francisco viajará a Lisboa de 2 a 6 de agosto para participar do encontro global de jovens católicos da Jornada Mundial da Juventude. Autoridades portuguesas esperam cerca de 1 milhão de participantes.
Por Redação, com Reuters - de Lisboa
Professores, funcionários ferroviários, policiais e coletores de lixo de Portugal estão planejando protestos e greves durante a visita do papa Francisco no próximo mês, em uma tentativa de forçar o governo a aumentar os salários e melhorar suas condições de trabalho.
Francisco viajará a Lisboa de 2 a 6 de agosto para participar do encontro global de jovens católicos da Jornada Mundial da Juventude. Autoridades portuguesas esperam cerca de 1 milhão de participantes.
O papa também celebrará uma missa, visitará o santuário de Fátima, a cerca de 130 quilômetros ao norte de Lisboa, e se encontrará com vítimas de abuso sexual pelo clero.
A Confederação das Forças de Segurança (CFS) de Portugal, que representa um conjunto de forças policiais e guardas prisionais, anunciou na segunda-feira uma série de protestos durante a primeira semana de agosto.
A CFS disse que realizará um dos protestos no primeiro dia da visita de Francisco diante do Palácio de Belém, onde o presidente Marcelo Rebelo de Sousa realizará uma cerimônia de boas-vindas.
– Sua Santidade vai saber como são tratadas as forças de segurança em Portugal – disse o secretário da comissão da CFS, Cesar Nogueira.
– Nosso país é considerado seguro não por causa de seus líderes, mas pelo uso e abuso de seus profissionais... cujos salários não aumentam há 10 anos.
Segurança nos eventos
O ministro do Interior, José Luis Carneiro, disse que haverá oficiais suficientes para garantir a segurança nos eventos envolvendo o papa, portanto "a segurança não será afetada de forma alguma".
Os coletores de lixo e varredores de rua de Lisboa também podem entrar em greve durante a visita de Francisco para exigir melhores condições de trabalho, afirmou o sindicato SNMOT nesta semana, acrescentando que está aberto a negociações para evitar tal ação.
Separadamente, cobradores de passagens de trem e funcionários das bilheterias decidiram na quarta-feira estender uma greve parcial até 6 de agosto, último dia da visita de Francisco.
Os professores já haviam anunciado seu próprio plano para protestar contra salários e condições de trabalho durante a visita papal.